July 20, 2020

Porque é que ninguém já compra jornais? Porque os jornalistas são microfones dos governos e para isso já basta a porcaria da TV



A decisão das escolas da Galiza (mais abaixo) é uma resposta aos sicofantas que pululam no jornal do governo e escrevem artigos à medida dos trumpistas do regime, como este: A banhos com a realidade - Muitos pais acham que o risco é aceitável perante o dano que é ficar em casa. Será que os professores não conseguem o mesmo? David Pontes

Muitos políticos achavam aceitável o risco com o BES... os jornalistas também achavam... vê-se no que deu o seu achismo...  muitos pais e articulistas acham aceitável o risco porque não trabalham nas escolas e nem sequer percebem os riscos. 

Penso que todos os professores, mais que estes articulistas que não sabem nada de educação, a não ser o que lêem nos jornais, nem académica nem empiricamente, percebem os riscos de os alunos ficarem em casa e querem regressar às escolas. Não querem é fazê-lo com o governo a recusar-se a promover e custear condições de segurança mínimas: recusam desdobrar as turmas para que se possam cumprir as distâncias mínimas entre alunos e entre eles e o professor, desencontrar horários, não dizem quem vai pagar as máscaras e viseiras (ou é do nosso salário congelado há 10 anos que vamos pagar 100 euros por mês, como pagámos a internet e os equipamentos informáticos no 3º período?), não dizem se vai haver pessoal nas escolas em quantidade para assegurar a desinfecção dos espaços, etc.

O contrato de professor não é um contrato de soldado e até esses, que se alistam para a guerra aceitando o risco de morte como parte do seu trabalho, têm armas para se defenderem. Não vão para o trabalho desarmados e à sorte, que é o que nos estão a pedir. E porque nos pedem isto? Para não gastar dinheiro com a educação. Há sempre dinheiro para muita coisa mas nunca para a escola pública. 

Porque é que não tenho respeito nenhum por este articulista ignorante? Porque em vez de chamar cobardes aos professores, que é o que está a fazer, podia usar o espaço de um jornal nacional para chamar a atenção para a falta de condições das escolas e para o facto de governos sucessivos desprezarem a educação e a usarem apenas para poupar dinheiro e cozinhar tabelas de sucesso. Mas para isso era preciso haver substância entre as duas orelhas.


Na Galiza:

Directivos de colegios públicos rechazan el protocolo de la Xunta contra el covid por falta de medios

La dotación de medios económicos y de personal que establece a Consellería de Educación en el protocolo contra el covid-19 para el inicio del próximo curso escolar «é nula». El colectivo que aglutina a los equipos directivos de los colegios de enseñanza pública (Fegadicep) ha mostrado su rechazo a las medidas presentadas y de aplicación desde septiembre porque, junto a las deficiencias presupuestarias y de personal, entiende que la Administración gallega «trata de derivar as responsabilidades aos equipos directivos e ao profesorado».

Fegadicep se refiere a que los docentes comenzarán la actividad educativa sin que se concreten las dotaciones necesarias en lo que se refiere a las medidas de protección que recomiendan tanto el Ministerio de Sanidad como la OMS. El protocolo aconseja el uso de mascarillas e incluso pantallas protectoras, pero no se especifica si habrá remuneración para ello.

Otro aspecto que preocupa a los directivos se refiere al cumplimiento de las medidas de higiene. El documento, aseguran, no concreta si habrá asignación de personal específico para ello. Se trata, insisten, de un servicio que, en los centros de infantil y primaria prestan los ayuntamientos, que son los que contratan estos servicios. Se preguntan si van a ser las propias empresas quienes amplíen sus plantillas para limpiar los aseos tres veces al día o si, por el contrario, será el profesorado quien deba encargarse de ello. Un extra que hay que planificar también en el caso de que se detectase algún alumno o trabajador con síntomas de haber contraído el coronavirus. «Preténdese que sexa o profesorado quen limpe os espazos e material utilizado polo alumnado? Quen realiza a tarefa de limpeza do material?», se preguntan.

Tampoco se podrá cumplir la normativa en materia de distancia de seguridad en las aulas para infantil y primaria. Argumentan que las clases no tienen capacidad suficiente para separa los pupitres o para albergar a los niños de la primera etapa educativa, pues, en este caso comparten mesas comunes, sostiene Fegadicep.

La falta de renovación de equipos informáticos ya obsoletos impedirán, en el caso de que hubiese que poner en práctica de nuevo la formación telemática, que los docentes puedan normalizar esta modalidad porque, insiste el colectivo, ya han tenido que afrontarlo con medios propios.

Además, recuerdan que mantener el servicio de comedor implicaría más colaboradores y servicio de limpieza extra habida cuenta de que habría que desdoblar más turnos para los comensales. Tampoco creen operativo el transporte escolar, ya que es compartido por alumnado de distintas etapas y no resultará factible mantener las distancias de seguridad necesarias.

En definitiva, los equipos directivos integrados en la asociación, entienden que el protocolo presentado por la consellería «denota o descoñecemento do funcionamento interno dos centros e pretende desenvolver o vindeiro curso con total normalidade e a custe cero primando a función conciliadora dos centros educativos», por lo que de iniciarse la actividad académica en estas condiciones será, a su juicio, inviable en muchos casos, y «verase minimizada».

5 comments:

  1. Eu só vou dar aulas se me fornecerem uma máscara! Nem imagino que seja diferente!
    Manela

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  2. Claro! Onde é que já se viu as pessoas terem que andar a comprar material de protecção? Mas a questão é que só as máscaras não chegam para trabalhar em segurança. Esta gente que fala nos jornais devia ir trabalhar para uma escola antes de dizer parvoíces.

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  3. Olha os meus miúdos então? Com 12 e 13 anos, a maioria! Nunca estão quietos! E falam uns com os outros, e brincam. Vai ser lindo!
    Manela

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  4. Estas pessoas não têm ideia de como funcionam os miúdos dentro de uma sala de aula. Pensam que é uma espécie de conferência de adultos.

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  5. Se os sindicatos não disserem nada o ME vai fazer-se de desentendido à espera que sejamos nós a comprar o material de protecção.

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