As desigualdades não têm que ver com o ensino à distância. O ensino sem aulas presenciais nesta pandemia só o evidenciou de forma que as autoridades já não podem fingir que não sabem, da mesma maneira que os telemóveis a filmar os negros a serem vítimas de brutalidade nos EUA tornou impossível o fingir que não se sabe de nada.
Alunos não terem equipamento informático e internet de banda larga nos tempos que correm é como não ter sapatos. No ensino presencial, um aluno que não tem estes recursos está restringido no seu trabalho, na organização da sua vida, no acesso à informação e ao conhecimento, na produção de trabalho, etc.
Espero que entendam isso e não partam do princípio que o ensino à distância é uma alternativa ao ensino presencial, porque não é. É uma remediação porque teve que ser, assim como temos que afastar-nos dos outros, mas isso é uma perda de vivência e um empobrecimento social e não uma alternativa a podermos andar de braço dado ou sentar perto uns dos outros, partilhar um bolo, etc.
Covid-19. Governo aprova 400 milhões de euros para universalização da Escola Digital
O Governo vai lançar um programa para assegurar a universalização do acesso e utilização de recursos educativos digitais, um investimento no valor de 400 milhões de euros, anunciou o primeiro-ministro, esta quinta-feira.
“Esta crise demonstrou bem como é essencial combater as desigualdades, designadamente aquelas do ensino à distância”, afirmou António Costa em conferência de imprensa, no final da reunião do Conselho de Ministros, sublinhando a necessidade de assegurar o acesso ao ensino digital em suporte digital.
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