April 08, 2020

Mais uma notícia a promover gente sem rigor nenhum. Livrem-nos desta gente.



Uma professora da universidade católica -faculdade de psicologia e educação- diz coisas sobre os professores e o ensino

Ou seja, o problema não fica resolvido escolhendo a plataforma A, B ou C para trabalhar com os alunos e aprendendo tecnicamente a trabalhar com essa plataforma. Esta questão do ensino à distância vai obrigar os professores a fazerem reset daquilo que a vida toda acharam que era ensinar", explicou à TSF Ilídia Cabral.

"aquilo que a vida toda acharam que era ensinar" - é isso, nós professores nunca pensamos no ensino, em 20 ou 30 anos, nunca mudámos de estratégia, nunca nos adaptámos a 25 reformas educativas, cada uma com as suas idiossincrasias, exigências e obstáculos, não passámos de trabalhar com papel e caneta apenas, para usar as tecnologias digitais, só sabemos fazer pontos à antiga. É isso. Somos 100 e tal mil mas na cabeça desta pessoa que se calhar nunca deu uma aula na vida dela, numa escola, somos todos iguais e bloqueados e ela é que nos vai dizer a verdade e a vida. Talvez ao som de trombetas celestes.

Na opinião desta professora da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa, e coordenadora do Serviço de Apoio à Melhoria da Educação, as aulas à distância vão ter de obedecer a novas regras. Não é possível aplicar, nas novas circunstâncias, o mesmo método das aulas presenciais.

Jura, que não é possível?? Opá, se ela não dissesse esta grande descoberta colombiana até pensávamos que era...

Ilídia Cabral não concorda com o adiamento do terceiro período, de modo a permitir o regresso de aulas presenciais. A investigadora da Universidade Católica considera que tal não constitui uma garantia de mais qualidade.

E que razões tem ela para pensar que o ensino à distância tem mais qualidade? Pois, pelos visto nenhuma... apeteceu-lhe dizer... porque dizer que o ensino presencial pode não garantir mais qualidade é uma lapalissade, pois se o professor for péssimo, de facto não garante, mas se o for, também será péssimo no ensino à distância e não é por ser à distância que melhora a qualidade.

Livrem-nos desta gente. E é esta gente que forma professores...

Estas pessoas não são peritas, a não ser no estudo de teorias. São teóricos sem experiência no terreno e não se apercebem das suas limitações. Precisamos deles para que nos digam o que tem sido pensado e feito nas ciências que se dedicam à educação, mas não precisamos deles para nos dizerem como devemos trabalhar ou, pior, como devemos pensar, que isso é connosco e os especialistas somos nós.

2 comments:

  1. Aí é que bate o ponto! Eles são formadores de professores porque não querem estar a dar aulas a miúdos malcriados!
    Quando fiz o meu estágio profissional, conheci uma professora que foi dar aulas a professores numa escola superior de educação, por convite, claro, e porque não queria trabalhar numa escola pública...

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  2. Pois, isso não sei. Penso que os professores que orientam professores não têm que dar bitaites sobre as estratégias que os professores devem usar nas aulas ou o que devem pensar sobre o ensino.

    Têm que mostrar ou ensinar as teorias e práticas que existem nas diversas áreas das ciências que se dedicam à educação. Mostrar as potencialidades, vantagens e desvantagens de cada uma e depois quem decide das estratégias e modalidades de ensino são os próprios professores que vão adaptando o que sabem aos alunos que têm e à experiência que vão ganhando, às formações que vão fazendo, à discussão com os colegas, etc..

    O treino de professores não pode ser uma endoutrinação de uns fulanos ou fulanas , que na maioria dos casos não têm nenhuma experiência de dar aulas ou deram e fugiram a sete pés.

    Estas pessoas não são peritas. São teóricos sem experiência no terreno e não se apercebem das suas limitações. Precisamos deles para que nos digam o que tem sido pensado e feito nas ciências que se dedicam à educação, mas não precisamos deles para nos dizerem como devemos trabalhar ou, pior, como devemos pensar, que isso é connosco e os peritos somos nós.

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