April 01, 2020

Ensino à distância II - ME: por favor, no te muevas. Quédate quieto



– Anule imediatamente as provas de aferição, marcadas para Maio, e os exames finais do 9.º ano. As primeiras porque, de duvidoso sentido desde o início, são agora redobradamente inúteis. Os segundos porque, sendo praticamente irrelevantes para a progressão dos alunos, ocupariam recursos e tempo necessários para iniciativas prioritárias, em tempo de crise.

– Incumba um pequeno grupo de pessoas sensatas (tem de procurar fora do seu circulo) de desenhar, desde já, um plano de regresso à actividade presencial, que preveja cuidados de vigilância e resguardo para uma eventual segunda onda da covid-19 (reduzir o número de alunos por turma, para aumentar o seu distanciamento em sala; redefinir normas de utilização de espaços comuns, designadamente recreios, e generalizar artefactos de higienização das pessoas e dos objectos). Aquando da reentrada, devem estar previstos apoios pedagógicos suplementares para quem deles necessite.

Santana Castilho em Tocata Para um Ministro à Distância (excerto)

Vou mais longe que SC: anulem os exames deste ano ou deixam apenas os do 12º ano. E não percebo porque não se empurra tudo para mais tarde em vez de andarmos com estas indefinições relativamente ao 3º período e aos exames.

Uma coisa que diz SC e a mim me parece também muito urgente é começar agora a preparar o próximo ano lectivo tendo em vista os interesses dos alunos e não a mera flagelação de professores.

Outra coisa que me parece evidente: para fazer o que estão a fazer, era melhor que o ME não fizesse nada, de nada. Mesmo nada, que ficassem quietos e nos deixassem trabalhar. É que não ajudam e só armam confusão.


Entretanto:

António Costa ainda não deu como inteiramente perdido o regresso às escolas. A decisão está nas mãos dos técnicos de saúde que aconselham o Governo e o primeiro-ministro dará sempre primazia à opinião dos especialistas. Na próxima semana, quando a 9 de abril for reavaliada a situação, o líder socialista espera já ter todos os dados à disposição para tomar uma decisão. Mas existe uma linha vermelha: o dia 4 de maio é tido como o limite razoável para reabrir as escolas.

What?? Está a falar dos 3 estarolas que diziam isto tudo ser um alarmismo e que não havia razão nenhuma para fechar escolas ou ter cuidado e que bastava ir para as escolas e lavar as mãos nos intervalos?
E desde quando a decisão de fechar escolas é médica e não política? 

Quer dizer, teve ali dois dias de lucidez e bom senso e ao fim de uns dias já está outra vez no modo Costacenteno?

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