Pergunto-te onde se acha a minha vida.
Em que dia fui eu. Que hora existiu formada
de uma verdade minha bem possuída.
Em que dia fui eu. Que hora existiu formada
de uma verdade minha bem possuída.
Vão-se as minhas perguntas aos depósitos do nada.
E a quem é que pergunto? Em quem penso, iludida
por esperanças hereditárias? E de cada
pergunta minha vai nascendo a sombra imensa
que envolve a posição dos olhos de quem pensa.
por esperanças hereditárias? E de cada
pergunta minha vai nascendo a sombra imensa
que envolve a posição dos olhos de quem pensa.
Já não sei mais a diferença
de ti, de mim, da coisa perguntada,
do silêncio da coisa irrespondida.
de ti, de mim, da coisa perguntada,
do silêncio da coisa irrespondida.
Cecília Meireles, in 'Poemas (1942-1959)
Fotografia: lisboaride - Instagram
Terreiro do Paço, Lisboa
via
Continuo a dizer que esta Praça vista de cima é mais bonita do que quando se está lá!
ReplyDeleteEsta perspectiva de cima é fantástica porque apanhas toda a geometria do espaço mas eu gosto muito do Paço, acho uma praça de encher as medidas. A abertura do cais da colunas e a vista daí , de costas para o rio a apanhar o castelo. É espectacular. Tão bonita como esta, embora num estilo completamente diferente, só vi a Grand Place de Bruxelas. Dizem que a praça vermelha do Kremlin é linda mas não conheço. A do Hermitage em S. Petersburgo é muito impressionante.
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