February 18, 2020

A impunidade dos fortes e a punição dos contribuintes




A impunidade dos fortes
Vitor Santos
As multas aplicadas a banqueiros e gestores bancários em Portugal deviam servir para credibilizar o país e as instâncias de controlo da Banca, com CMVM (Comissão de mercado de Valores Mobiliários) e Banco de Portugal à cabeça.
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A crise da banca, uma desconstrução de instituições e personalidades que se projectaram de braço dado com políticos importantes um pouco por todo o Mundo, não é de agora. Os primeiros abalos foram sentidos em 2008 e as cascatas desabaram até chegarem a esta estabilidade construída em porcelana, onde somos aconselhados a mexer devagarinho. À queda dos impérios, os países foram respondendo com estratégias distintas. Do 80 da pequena Islândia, onde foi criada uma prisão especial para os responsáveis por fraudes, corrupção e branqueamento de capitais, ao 0,8 de Portugal, onde a verdadeira punição caiu em cima dos contribuintes.

É por isso que não me surpreende que também no nosso país comecem a conquistar admiradores movimentos acantonados nas franjas da democracia. A culpa é de todos, mas sobretudo de um Estado cuja eficácia na cobrança parece extinguir-se quando os prevaricadores são os donos das grandes fortunas.











marco noris

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