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February 18, 2022

Uma opinião tonta por dia nem sabe o bem que lhe fazia?

 


Isto é sobre o uso de máscaras na sala de aula. O médico diz que faz sentido continuar a usar para proteger porque os espaços não estão arejados e a vacinação dos alunos é baixa. Vem a psicóloga e diz que é melhor tirar as máscaras porque os alunos podem rebelar-se de maneira que o melhor seria obedecer à falta de educação dos alunos para não ter problemas. Ter regras diz ela, é fomentar a desobediência. Portanto, sempre que os alunos desobedecem, mudam-se as regras e obedece-se aos alunos para não termos problemas com eles. Grande pedagogia!

Só quero dizer que os meus alunos e os alunos dos outros com quem falo não só não estão revoltados com as máscaras como se habituaram. Não gostam e preferiam não usar, mas usam sem problema nenhum nem rebeliões. E isso do ano com as aulas à distância? Para os alunos isso foi há anos, porque a noção deles do tempo não é igual à nossa e o que aconteceu há oito meses e que para nós foi ontem, para eles é como se tivesse sido há anos.

Lá está eu penso que deve ouvir-se os especialistas e os especialistas da educação e das escolas não são os psicólogos...

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“Podemos ter os professores a não permitir que os alunos frequentem a aula sem máscara e os alunos a recusarem-se. Pode fomentar alguma desobediência e criar situações de confronto com os professores”, adverte Catarina Mota, sustentando que os alunos poderão rejeitar a imposição “num ato de rebeldia, no sentido afirmação”.

Catarina Mota frisa que, “após um ano a ter aulas à distância, os jovens não estão a saber lidar socialmente com professores e com regras”. Muitos deles, diz, “adaptaram-se com muita facilidade ao isolamento e começaram a viver ainda mais nas redes sociais”, tanto que “preferem fingir sintomas de infeção só pelo medo que têm de ir para a escola e socializar”. Por outras palavras, as da psicóloga clínica, “os nossos jovens vivem mais com máscaras virtuais do que com máscaras faciais”.