Putin apostou numa cartada militar que não lhe correu bem. Mas isso não significa que tenha sido derrotado, ou que seja razoável apostar numa estratégia de "derrotar a Rússia", como é o mantra ocidental. A Rússia é um gigante bélico nuclear. Esta guerra trava-se ainda na Ucrânia, mas desde que o envolvimento da OTAN subiu para os níveis colossais atuais, passou a envolver quase diretamente as maiores potências militares do planeta. Como sair daqui? Ou as armas se calarão com tréguas, onde todos perdem alguma coisa, mantendo, todavia, a face para uma solução negociada mais duradoura. Ou se continua a arriscar, degrau a degrau, mergulhar numa tempestade de destruição que - depois de arrasar a Ucrânia - terá o planeta como limite.
— Viriato Soromenho-Marques in www.dn.pt
A lógica deste indivíduo:
2. Como ainda não foi derrotado, aproveitamos para não o derrotar. Porque, lá está, ele só se enganou a 'encartar'. Destruir e defender que a Ucrânia não tem direito a existir é o seu direito. Ele só se enganou na maneira de o conseguir. Enganou-se no trunfo. Isso de fazer frente a um terrorista é um 'mantra' de frívolos.
3. A NATO está metida nisto até o pescoço - fica implícito que não devia ter ajudado a Ucrânia par que Putin pudesse anexá-la sem obstáculos e sem ter que torturar e matar civis a torto e a direito, o que deve ser outro 'engano de cartada'.
4. Putin tem poder bélico e por isso não deve ser afrontado, antes deve ser negociada uma paz que não o faça perder a face.
Conclusão: se alguém tem um arsenal nuclear e faz terrorismo dás-lhes os reféns para não pores em risco o teu bem-estar - porque, evidentemente, os terroristas são gente de confiança com quem se pode fazer acordos, como se tem visto com Putin e, é legítimo negociares a vida dos outros para manter o teu bem-estar económico... E se não és a favor de Putin contra a NATO e os EUA, então és frívolo.
Este homem, estando no tempo de Hitler e tendo este uma arma nuclear, defenderia ser melhor deixá-lo queimar os judeus todos para ele não perder a face e se poder fazer tréguas negociadas.