“Édipo amaldiçoando o seu filho Polinice” de Henry Fuseli (1786)
🏛️ Localização: Kunsthaus Zürich, Suíça
Esta é a tragédia grega na sua forma mais crua e aterradora. Édipo, o outrora grande rei de Tebas, agora cego e exilado, furioso por o filho Polinice o abandonar na sua desgraça e se virar contra ele, aponta-lhe um dedo acusador enquanto lhe lança uma maldição que levará Polinice a uma brutal guerra civil com o seu irmão, Etéocles, onde ambos se matarão um ao outro. As duas irmãs de Polinice rodeiam o pai. Isménia, ajoelhada, chora, como que sabendo que a tragédia é inelutável; Antígona, tenta com uma mão proteger o irmão, por quem morrerá, mais tarde, como consequência do desfecho da maldição e, com a outra, travar a fúria e maldição de seu pai, Édipo, argumentando. O fundo sombrio anuncia a tragédia.
História da Família
Laio, o pai de Édipo, quando jovem encontrara proteção e abrigo na corte do rei Pélope (filho de Tântalo e por ele morto, mas ressuscitado pelos deuses). Apesar da gentileza de Pélope, Laio não agiu correctamente com ele, pois abduziu Crisipo, seu filho, por ciúmes. Como castigo por este acto, o oráculo de Delfo disse a Laio que ele seria morto pelo próprio filho.
Para impedir que o seu filho o matasse, quando Édipo nasceu, Laio, rei de Tebas, ordenou a um pastor que levasse Édipo, com os pés atados e o abandonasse no deserto para morrer. Mas o pastor teve pena da criança; fingiu tê-lo abandonado, mas entregou-o aos cuidados de outro pastor que levou Édipo a um outro rei, que o criou como filho.
Quando rapaz, Édipo consultou o oráculo de Delfo e foi-lhe dito que assassinaria o pai e desposaria a mãe. Horrorizado e pensando que o casal de reis que o criara fossem os seus pais, Édipo fugiu de casa para impedir tal horror. Quis o caso que numa encruzilhada de uma estrada encontrasse e matasse Laio, sem saber que era seu pai.
Nas suas andanças, chegou a Tebas, resolveu o enigma da Esfinge, e assim libertou a cidade. Como recompensa, casaram-no com a rainha Jocasta, o que fez sem saber que era a sua mãe, viúva de Laio. Assim, o filho substituiu o pai como rei e marido. Quando descobriu a verdade, Jocasta suicidou-se e Édipo furou os seus próprios olhos para não mais ver e testemunhar as desgraças de sua vida.
Édipo exilou-se de Tebas, mas filhos gémeos de Édipo, Étocles e Polinice não o apoiaram nesta decisão e deixaram-no. Somente Antígona, sua filha, acompanhou o pai. Foi decidido que Etéocles reinaria em Tebas. Polinice, furioso, virou-se contra o pai e foi ter com o rei Adrasto de Argos, cidade rival de Tebas.
Édipo, revoltado pela atitude do filho Polinices, lança uma maldição em que ambos os irmãos se matariam um ao outro.
Em Argos, Polinice casa com a filha do rei que combina ajudá-lo a ganhar o trono de Tebas ao irmão. É a famosa guerra dos Sete Contra Tebas. O ataque contra Tebas foi chefiado por Adrasto, rei de Argos e mais seis príncipes.
Durante a luta, Polinices e o seu irmão, Etéocles enfrentam-se corpo a corpo e acabam matando-se um ao outro, cumprindo-se assim a maldição do pai. Com a morte de Polinices o exército de Argos abandona a batalha dando a vitória aos tebanos. Adrasto foi o único dos sete que sobreviveu à batalha.
Crente, tio dos gémeos filhos de Édipo, herda o trono e proíbe Antígona de enterrar o seu irmão Polinice. Ela enterra-o contra as ordens do rei seu tio e por isso foi morta.
Em Argos, Polinice casa com a filha do rei que combina ajudá-lo a ganhar o trono de Tebas ao irmão. É a famosa guerra dos Sete Contra Tebas. O ataque contra Tebas foi chefiado por Adrasto, rei de Argos e mais seis príncipes.
Durante a luta, Polinices e o seu irmão, Etéocles enfrentam-se corpo a corpo e acabam matando-se um ao outro, cumprindo-se assim a maldição do pai. Com a morte de Polinices o exército de Argos abandona a batalha dando a vitória aos tebanos. Adrasto foi o único dos sete que sobreviveu à batalha.
Crente, tio dos gémeos filhos de Édipo, herda o trono e proíbe Antígona de enterrar o seu irmão Polinice. Ela enterra-o contra as ordens do rei seu tio e por isso foi morta.
Na versão de Sófocles, Creonte manda que Antígona seja enterrada viva. Sua irmã Isménia tenta defendê-la e oferece-se para morrer em seu lugar, algo que Antígona não aceita, e Hémon, noivo de Isménia e filho de Creonte (primo de ambas as irmãs), não conseguindo salvá-la, comete suicídio.
Ao saber que o seu filho Hémon se tinha suicidado, Eurídice, mulher de Creonte, também se mata.
Ao saber que o seu filho Hémon se tinha suicidado, Eurídice, mulher de Creonte, também se mata.
Nesta mitologia, a rivalidade entre irmãos e entre pais e filhos é sempre desastrosa mas, o excesso de amor edipiano entre familiares é igualmente catastrófico.