June 11, 2023

Infantilidade

 


Em primeiro lugar não vejo racismo nos cartazes, o que vejo é ordinarice. São ordinários. Porém, como sabemos, Bordalo Pinheiro que foi um vulto da nossa cultura chama porca à políticas e fazia caricaturas dos políticos com cara e barriga de porcos. Eça dizia que era preciso mudar os políticos pela mesma razão porque se mudam as fraldas, o que significa que lhes chamava uma merda. Não consta que Eça seja racista ou ordinário. 

Em segundo lugar, os problemas da escola pública e o desprezo e desinteresse com que Costa trata a educação e, em particular os professores não desaparecem por causa de dois cartazes ordinários. As vezes e o modo como políticos, altos representantes do país e entre eles o primeiro-ministro foram ordinários a referir-se a professores, médicos, enfermeiros, juízes, segredo de justiça, etc. fazem estes cartazes parecer uma brincadeira. 

Os problemas da educação e da falta de professores são demasiado graves e não vão desaparecer por causa de dois cartazes vulgares e falar como se a luta dos professores estivesse acabada por causa disto é uma infantilidade do género, pensamento mágico. 
Percebemos que esta advogada que escreve crónicas a favor do governo, sai aos tiros para ver se o povo se distrai da vergonha que está a ser esta governação, nomeadamente com a educação e os professores, mas não distrai porque os problemas continuam. 
Agora, ela é como os cartazes: péssima. Escreve com ódio de tudo o que não seja o PS: odeia a igreja, odeia todos os partidos à direita do PS, odeia os professores porque os professores criticam Costa, distorce os factos para caberem nos seus preconceitos e, pior que tudo isto, tem zero sentido de humor... Enfim, é intelectualmente desinteressante.


Desculpem insistir, mas os cartazes são racistas


Aqueles cartazes eram, de facto, péssimos. Tão maus que fizeram duas vítimas: António Costa e a própria luta dos professores.

8 comments:

  1. Tem razão: eram péssimos. Tem razão Costa quando disse que os mesmos cartazes apoucam os professores, deixam ficar mal a classe. Mas não tem razão ao afirmar que são racistas.
    O respeito democrático é bonito e exige-se. Se o governo o não tem, que o tenham os professores; afinal, são eles os educadores oficiais do país. E a luta pelos seus inegáveis direitos não obriga à grosseria. Mas não fica por isso ilibado o governo, nem sanadas as divergências. Contudo, a imagem dos professores, mau grado o que pensem ou digam, ganhou mancha por culpa própria. O governo também a tem? Pois que tenha, cada um assaca a sua responsabilidade.

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  2. Dois cartazes feitos por 2 ou 10 professores não falam por 150 mil professores. Já Costa quando fala, fala em nome de todos porque representa o país. Dizer que os cartazes são racistas é fazer-se de vítima e jogar a cartada do racismo, o que é desonesto.

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    1. Engana-se, porque falam. A comunicação social põe-nos a falar, são o maná caído do céu.

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    2. Não, não falam. Isso é o mesmo que alguém afirmar que o que digo aqui no blog fala por todos os professores. Não fala. Se o governo aproveita um incidente destes para perseguir ainda mias os professores, isso só mostra a sua falta de honestidade.

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    3. Claro que não é o mesmo de a senhora escrever no seu blogue, sobretudo se tiver poucos leitores (e até se forem muitos). A disseminação é outra, são outros os intervenientes.

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    4. Isso dos leitores tem muito que se lhe diga. Uma coisa são os leitores que entram mesmo no blog, outra muito diferente são os que o seguem por email mas nunca entram. E muito menos falam no blog, claro. Dito isto, a visibilidade não é equivalente a representatividade. Mário Nogueira há dezenas de anos que é a face visível dos professores, mas não representa a maioria dos professores, nem de perto, nem de longe. Se representasse, o S.TO.P, um pequenino sindicatos, não tinha mobilizado a maioria dos professores.

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  3. Li, com grande custo e prejuízo da minha saúde, o texto da senhora e não vislumbrei em que passo ela demonstra o racismo dos cartazes.

    Com escribas deste tipo, ainda se espantam que o jornalismo esteja em crise?

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  4. O que essa mulher escreve não tem interesse nenhum.

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