Miguel Albuquerque é suspeito de crimes de corrupção
Público
Presidente do governo regional foi constituído arguido na operação que levou à detenção do presidente da Câmara do Funchal.
O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, foi constituído arguido esta quarta-feira e encontra-se indiciado por crimes de corrupção, apurou o PÚBLICO.
A casa do governante foi alvo de buscas numa megaoperação que levou à detençãodo presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado, e de dois empresários da construção, Avelino Farinha, líder do mais importante grupo empresarial do arquipélago, o AFA, e de Custódio Correia, do grupo bracarense Socicorreia. Os três serão presentes na sexta-feira de manhã, em Lisboa, a um juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal, que lhes aplicará as medidas de coacção que considerar adequadas.
Uma suspeita semelhante recai sobre o presidente do governo regional. O Ministério Público desconfia que Miguel Albuquerque tenha participações no fundo imobiliário que comprou uma quinta do próprio presidente do governo regional — a Quinta dos Arcos — em 2017 por 3,5 milhões de euros, alegadamente para pagar actos corruptivos.
Outro ângulo de investigação é o alegado pagamento, pelo governo regional, de "elevados montantes a coberto de uma transacção judicial", na ordem das muitas dezenas de milhões de euros, a uma empresa de construção e engenharia. As autoridades suspeitam de que, nesse caso, foi "criada a aparência de um litígio entre as partes" enquanto ocorriam "adjudicações de contratos públicos de empreitadas de construção civil", um tipo de esquema denunciado por um anterior bastonário dos advogados.
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