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September 20, 2022

Tropecei nisto

 

 Enceladus é uma das luas de Saturno. Por fora é gelo, logo abaixo da camada superior gelada tem um oceano subterrâneo de água líquida. Na região sul (topo nesta imagem) tem plumas mantélicas constantemente a cuspir água para fora do planeta, como baleias, a uma velocidade de até 2200 km/h. Estas plumas contêm sobretudo vapor de água, com quantidades menores de azoto, dióxido de carbono e hidrocarbonetos. Parte dessa água regressa ao planeta como chuva, perto do pólo sul, lavando parte do gelo. É por isso que só se vêem crateras de um lado, que é o norte onde a chuva e os rios não conseguem chegar. Mas perto do sul, as crateras são lavadas pela chuva, tornando a superfície muito mais lisa. No entanto, a maior parte da água dessas plumas mantélicas não caem de facto no planeta, antes escapam-se para o espaço. Assim, a água acaba por orbitar Saturno. Essa água é o que compõe um dos anéis de Saturno! Enceladus orbita dentro desse anel, alimentando o anel com água. Não é fantástico? A razão porque tem plumas de água em primeiro lugar, é porque tem um oceano interior de água salgada líquida com todos os ingredientes conhecidos para sustentar vida! Ah! Também liberta metano e, o núcleo de Enceladus é rocha dura. Excitante, não?
u/jesschristina


fotografia da sonda Cassini




April 21, 2021

Plimpton 322

 



The 3,700-year-old Babylonian tablet Plimpton 322 at the Rare Book and Manuscript Library at Columbia University in New York. (Photo: UNSW/Andrew Kelly)


Investigadores quebram código matemático de 3.700 anos de idade da Tábua Babilónica
Por Jessica Stewart 

O código foi decifrado, em 2017, numa placa de argila com 3.700 anos desenterrada no sul do Iraque há quase um século. Foi Edgar J. Banks, a inspiração por trás de Indiana Jones, que descobriu a antiga tábua babilónica chamada Plimpton 322. Acabou por vendê-la ao editor e coleccionador George Plimpton por 10 dólares, e foi mais tarde legada por Plimpton à Universidade de Columbia na década de 1930. Só agora é que o seu pleno significado, e importância para a matemática, está a vir à luz.

Graças ao trabalho do Dr. Mansfield e do Professor Norman Wildberger, ambos da Universidade de Nova Gales do Sul, vimos que foram os antigos babilónios que descobriram a trigonometria, não os gregos, como é comummente aceite. Os investigadores argumentam que as 4 colunas e 15 filas de números cuneiformes fazem parte de uma tabela trigonométrica altamente precisa, e não de uma ajuda do professor para verificar soluções estudantis para problemas matemáticos - a explicação anteriormente aceite.

"A nossa investigação revela que Plimpton 322 descreve as formas dos triângulos rectângulos rectos utilizando um novo tipo de trigonometria baseada em proporções, não em ângulos e círculos. É um trabalho matemático fascinante que demonstra uma genialidade inquestionável", revelam os investigadores numa declaração da UNSW.

A trigonometria, que envolve o estudo das relações entre os comprimentos e os ângulos dos triângulos, pensava-se ter sido inventada na Grécia antiga. O astrónomo grego Hipparchus, que vive por volta de 120 AC, é considerado o pai do campo. No entanto, o Plimpton 322 é anterior ao seu trabalho em mais de 1.000 anos.

A descoberta é importante, uma vez que a maioria das placas babilónicas nunca foram estudadas com pormenor. "Abre novas possibilidades não só para a investigação matemática moderna, mas também para a educação matemática", diz o Dr. Wildberger. "Com Plimpton 322 vemos uma trigonometria mais simples, mais precisa e com vantagens claras sobre a nossa". Ao mergulhar na história da matemática, abrimos caminhos para compreender como funcionavam as sociedades antigas. A tábua, por exemplo, poderia ter sido utilizada para levantamento de campos ou em construções arquitectónicas de palácios ou pirâmides de degraus.