Investigadores quebram código matemático de 3.700 anos de idade da Tábua Babilónica
Por Jessica Stewart
O código foi decifrado, em 2017, numa placa de argila com 3.700 anos desenterrada no sul do Iraque há quase um século. Foi Edgar J. Banks, a inspiração por trás de Indiana Jones, que descobriu a antiga tábua babilónica chamada Plimpton 322. Acabou por vendê-la ao editor e coleccionador George Plimpton por 10 dólares, e foi mais tarde legada por Plimpton à Universidade de Columbia na década de 1930. Só agora é que o seu pleno significado, e importância para a matemática, está a vir à luz.
Graças ao trabalho do Dr. Mansfield e do Professor Norman Wildberger, ambos da Universidade de Nova Gales do Sul, vimos que foram os antigos babilónios que descobriram a trigonometria, não os gregos, como é comummente aceite. Os investigadores argumentam que as 4 colunas e 15 filas de números cuneiformes fazem parte de uma tabela trigonométrica altamente precisa, e não de uma ajuda do professor para verificar soluções estudantis para problemas matemáticos - a explicação anteriormente aceite.
A descoberta é importante, uma vez que a maioria das placas babilónicas nunca foram estudadas com pormenor. "Abre novas possibilidades não só para a investigação matemática moderna, mas também para a educação matemática", diz o Dr. Wildberger. "Com Plimpton 322 vemos uma trigonometria mais simples, mais precisa e com vantagens claras sobre a nossa". Ao mergulhar na história da matemática, abrimos caminhos para compreender como funcionavam as sociedades antigas. A tábua, por exemplo, poderia ter sido utilizada para levantamento de campos ou em construções arquitectónicas de palácios ou pirâmides de degraus.
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