Showing posts with label apagão. Show all posts
Showing posts with label apagão. Show all posts

May 09, 2025

E Espanha vai compensar-nos pelos prejuízos da sua incompetência?




A produção nacional caiu 15% no dia do apagão 

      - Banco de Portugal. 

O corte de energia que afectou Portugal no dia 28 de abril levou a uma quebra da atividade económica na ordem dos 15%, segundo o indicador diário divulgado esta quinta-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

De acordo com a nota que acompanha o indicador diário de atividade económica (IAD), na semana terminada a 4 de maio, registou-se “uma taxa de variação homóloga da atividade inferior à da semana anterior, reflectindo, em particular, a quebra de cerca de 15% no dia do apagão”.

Este indicador agrega dados de elevada frequência relacionados com a atividade económica em Portugal, como o tráfego de veículos comerciais pesados nas auto-estradas, o consumo de eletricidade e gás natural, a carga e o correio descarregados nos aeroportos nacionais e as compras com cartão efectuadas em Portugal por residentes e não residentes.

Segundo o BdP, a atividade medida por estes indicadores registou uma quebra de 14,8% no dia do apagão. 

No dia 28 de abril, um corte de energia generalizado deixou Portugal continental, Espanha e Andorra praticamente sem eletricidade e parte de França. O encerramento de aeroportos, o congestionamento dos transportes e do tráfego nas principais cidades e a escassez de combustível foram algumas das consequências do apagão.

A Rede Europeia dos Operadores das Redes de Transporte de Eletricidade anunciou a criação de uma comissão para investigar as causas deste apagão, que qualificou de “excecional e grave” e que deixou Portugal e Espanha às escuras.

(Mariana Espírito Santos | Lusa.pt)

April 30, 2025

O apagão visto de duas perspectivas

 


Se atendermos ao facto de nada estar preparado ou previsto, de não haver um plano geral, a nível nacional, para responder a crises e/ou catástrofes, de não se fazerem simulações para testar respostas e para saber da eficácia dos vários organismos responsáveis e de não termos uma Proteção Civil eficaz, então a resposta do governo até foi rápida e eficaz. No meio da desorientação geral, agiu com determinação.

Se atendermos ao facto de que deveria haver todos aqueles cuidados citados acima, capazes de pôr em marcha uma resposta célere e eficaz, então o governo foi lento a responder e falhou na comunicação. 

Neste último caso, porém, trata-se, não de uma política deste governo, mas de uma tradição de não estar preparado para enfrentar problemas e de fazer as coisas todas em cima do joelho, que vem de muito atrás e que, infelizmente, caracteriza o MO geral português. O PS que foi governo nos últimos vinte anos com excepção de três e mais este ano de governo AD e toda a oposição conivente também têm responsabilidades por este 'deixa andar' dos governos, uns atrás de outros, no que respeita a prevenção e planos de resposta a crises de vária ordem, nomeadamente energética.

April 29, 2025

Porque é que a Proteção Civil não funciona?




Pelo menos desde os incêndios de Pedrogão que sabemos que temos uma Proteção Civil ineficiente. Não comunica, não orienta, não coordena e, por isso, não sossega. Parece que os organismos responsáveis não simulam as possíveis situações de crise e catástrofe e quando elas acontecem é que se juntam para pensar o que hão de fazer e se há ali alguém com bom senso as coisas correm bem e se não há estamos tramados. E não percebo como não há uma alternativa de comunicação, via rádio ou algo do género. Leio que os presidentes de câmara não conseguiam falar com ninguém de outras câmaras ou do governo. Queriam coordenar esforços e não conseguiam comunicar. Não está bem e espero que desta vez aproveitem para pôr em pé um sistema que funcione.


Alerta laranja foi dado 9 horas depois do apagão: documento interno da Proteção Civil avisava para “impactos graves na sociedade e economia”



Um documento interno da Protecção Civil mostra que aviso às corporações para medidas extraordinárias foi apenas feito às 20h, quando a energia já voltava em algumas partes do país.


O documento reservado refere que "a imprevisibilidade da evolução do cenário atual exige a adoção de medidas extraordinárias e a colaboração de toda a população para a redução do consumo energético sempre que possível" e para tal preconizava que "os cidadãos e demais entidades têm o dever de colaborar ativamente, cumprindo as ordens e instruções emitidas pelos órgãos e agentes responsáveis pela segurança interna e pela proteção civil, bem como respondendo de forma pronta e adequada a todas as solicitações justificadas que lhes sejam dirigidas pelas entidades competentes".

É nesse seguimento que o documento refere que se deve apelar à população para ter certos comportamentos: "Apela-se à população para que se mantenha tranquila, adote medidas de gestão responsável e evite consumos desnecessários. Recorda-se ainda que o número de emergência 112 deve ser utilizado apenas para situações de emergência, de forma a não sobrecarregar a rede de comunicações. A prioridade máxima mantém-se na proteção dos serviços essenciais, especialmente na área da saúde, garantindo o funcionamento da rede médica, dos hospitais e o apoio a doentes domiciliários dependentes de equipamentos elétricos".

Ora esta mensagem, referida no documento da ANEPC, nunca chegou à população, mas apenas uma mensagem enviada pelos serviços da Proteção Civil sem conselhos úteis: "Ligação de energia está a ser gradual. Com a serenidade de todos garantiremos os serviços essenciais e a normalização da situação nas próximas horas".

expresso.pt