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May 26, 2020

O excesso de optimismo traz em si os seus próprios anti-corpos?



No seu ensaio, “Kleist Dies and Dies and Dies”, Földényi nota que nenhuma morte foi tão celebrada como a do duplo suicídio de Kleist e de sua amante e musa, Henriette Vogel, perto de Berlim em 21 de Novembro de 1811. Juntou-se ao suicídio ficcional do Jovem Werther como o cúmulo do gesto romântico. Mas o que verdadeiramente interessou Földényi foi que Kleist começou a sua carreira como uma espécie de iluminista optimista, com um trabalho escrito na viragem do século (1799) chamado, Ensaio Sobre a Maneira Certa de Encontrar a Felicidade Mesmo no Meio de Grandes Tribulações. No entanto, dois anos depois, Kleist passou por aquilo que chamou a sua 'crise kantiana' na qual a sua fé na verdade foi obliterada. Escreveu à sua irmã, "O pensamento de que nós, aqui na Terra, podemos não saber nada acerca da Verdade...este pensamento despedaçou-me no mais sagrado recanto da minha alma." Aqui e noutras partes do livro, Földényi  parece sugerir que uma insistência na felicidade (seja política ou quasi-teológica) encoraja e produz melancolia e desespero - o oposto sombrio que era suposto banir.

James Wood citando Földényi (“Dostoyevsky Reads Hegel in Siberia and Bursts Into Tears” (Yale)) em, The Scholar Starting Brawls with the Enlightenment - Has the cult of rationality blinded us to the power of transcendence? - The New Yorker (tradução minha)