"Nas escolas em que os telemóveis foram banidos os tempos de utilização não baixam"****A proibição de uso do telemóvel está a aumentar a socialização nas escolas, mas pode também aumentar a agressividade entre alunos.
Tito Morais, criador do projeto Miudos Seguros na Net, defende a necessidade de "aprender a conviver com as tecnologias" e diz que banir os aparelhos das escolas não é solução.
1º - Não consegui saber quem é este Tito Morais, qual é a sua formação, se é em desenvolvimento infantil e adolescente, psicologia, pedagogia ou apenas telemóveis;
2º - Fala em tecnologias e telemóveis como se fosse tudo a mesma coisa, mas não é; Os alunos não precisam de telemóveis para usar tecnologias nas escolas, em tempos e situações controladas;
3º - Vi o vídeo no link e o senhor Tito mais o entrevistador da CNN citam mais de um estudo dizendo depois que não sabem nada do estudo ou que o estudo não é representativos porque centenas não responderam, nem referem as datas dos estudos... Enfim, depreende-se que um deles é do ano passado pois refere-se às escolas onde foram proibidos os telemóveis.
Ora, é evidente que, se proibimos o uso de telemóveis a crianças e jovens que já estão mais ou menos ou mesmo viciados no seu uso, em redes sociais, em sites de javardices e de violência, eles tornam-se agressivos. Vão passar anos até termos uma geração de crianças a entrar nas escolas que não venha de casa já viciado e deformado por redes sociais, pornografia, sites de violência, etc.
Conheço alguns casos de miúdos que andam em colégios privados onde nunca tiveram autorização de levar telemóveis para a escola. Os pais também nunca lhes puseram telemóveis na mão, de maneira que não há, nem estranheza, nem violência. É uma continuidade do que é a sua educação.
Portanto, vai ser preciso educar os pais, consciencializá-los do perigo que os telemóveis trazem ao desenvolvimento dos filhos, pois assim que os miúdos nascem metem-lhes um telemóvel na mão para não os aturarem e depois quando querem parar esses vícios, já não conseguem e os miúdos tornam-se agressivos e mostram sinais de ressaca.
Também vai ser preciso fazer o que já fazem alguns países nórdicos que é proibir o acesso a sites e redes sociais a partir da hora do jantar e obrigar as plataformas a responsabilizarem-se pelos conteúdos.
Depois, este Tito só fala no bullying, mas o pior do vício dos telemóveis é a ausência da aprendizagem de processos mentais, de linguagem complexa, de raciocínios discursivos, de vocabulário, de conceitos, de capacidades de comunicação, de gestão da ansiedade, com a consequente regressão da inteligência, tendência persistente no mundo Ocidental que todos os indicadores internacionais mostram, desde a introdução dos smartphones. O pior é a sobrecarga de estimulação dos telemóveis que mata toda a curiosidade, o interesse, a motivação, a capacidade de estar aborrecido, sem entretenimento, a desenvolver a sua imaginação, focado num problema ou numa tarefa até resolvê-la. Como pode ser bom para eles irem dormir todos os dias às 2 e 3 da manhã porque ficam a ver pornografia ou a jogar jogos violentos com adultos no outro lado do mundo.
Já experimentámos durante 20 anos a exploração dos miúdos através dos telemóveis e o resultado é persistente e consistentmente mau, não apenas psicologicamente, mas socialmente e em termos de aprendizagem. Está na altura de experimentar desviciá-los. Esta teimosia em defender o vício do telemóvel parece a teimosia que dantes havia em defender os benefícios do tabaco.
Já experimentámos durante 20 anos a exploração dos miúdos através dos telemóveis e o resultado é persistente e consistentmente mau, não apenas psicologicamente, mas socialmente e em termos de aprendizagem. Está na altura de experimentar desviciá-los. Esta teimosia em defender o vício do telemóvel parece a teimosia que dantes havia em defender os benefícios do tabaco.
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