August 26, 2025

Sempre coisas sem sentido no meio das decisões



"Fazer assembleias de discussão de alunos e professores?" Os alunos agora chegam ao secundário com 14 anos ou 15 acabadinhos de fazer. Muito infantilizados e muitos deles já viciados nos telemóveis.

E está mesmo a ver-se que os professores, que em dezenas de milhar de casos estão com excesso de turmas em horas extra para suprir a falta de professores,  muitos a morar longuíssimo da escola, vão para a escola depois do trabalho fazer assembleias para dizer aos alunos que não podem usar o telemóvel nas aulas sem autorização expressa do professor... 

É óbvio que essa deve ser uma tarefa do DT. Em 1º lugar: apresentar-lhe factos e dados sobre os prejuízos do uso do telemóvel para o seu sucesso escolar e desenvolvimento intelectual e psico-social, para que entendam (eles e os pais) a pedagogia da medida; em 2º lugar, o DT e todos os professores da turma fazerem cumprir o regulamento.

Escolas poderão alargar proibição dos smartphones aos alunos do 3.º ciclo

Ministério aconselha as escolas a ponderarem o alargamento da proibição, sobretudo no caso de alunos do 2.º e 3.º ciclo que partilhem as instalações escolares.
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A avaliação feita a esta medida, concluiu que metade das escolas que proibiram telemóveis registaram uma redução “substancial” da indisciplina e do bullying, sobretudo entre os seus alunos do 2.º e 3.º ciclos, mas também no ensino secundário.
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Quanto ao secundário, a recomendação do MECI é que os alunos sejam chamados a definir as regras para uma “utilização responsável dos smartphones”. “No ano lectivo 2024/2025, 41% dos directores afirmaram ter envolvido os alunos neste processo”, recua o MECI, sugerindo para tal que sejam ponderadas iniciativas como “fóruns de discussão, assembleias de escola ou assembleias de alunos e professores”.

De fora destas regras e recomendações ficam os alunos que precisem de recorrer ao smartphone "por razões de saúde comprovadas", os alunos com baixo domínio da língua portuguesa que usem aqueles dispositivos como ferramenta de tradução e, por último, sempre que a escola entenda que os smartphones são úteis "para fins pedagógicos".

Público

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