Não há boa escola sem bons professores
Catarina Simão Diretora Executiva Beyond International SchoolExpressoNum mundo em constante transformação, onde os paradigmas da educação evoluem a um ritmo acelerado, a seleção e recrutamento de professores assume-se como um dos elementos mais estratégicos para o êxito de qualquer escola. Hoje, em dia não basta um professor dominar a sua área disciplinar, é imperativo que tenha uma combinação de competências humanas, pedagógicas e tecnológicas que inspirem os alunos a aprender, crescer e transformar o mundo.A qualidade do ensino começa com a qualidade das pessoas que colocamos nas salas de aula. Por isso, o processo de recrutamento docente deve ser tratado com o mesmo rigor e visão estratégica com que se define um projeto educativo. O professor de hoje e do futuro é, antes de tudo, um agente de mudança. Deve ser alguém que reconhece que ensinar é muito mais do que transmitir conhecimento — é construir ambientes de aprendizagem onde a curiosidade, o pensamento crítico e a colaboração são incentivados e valorizados.
***
Este é mais um artigo vácuo cheio de chavões ocos sobre a educação -alguns contraditórios- como, 'paradigmas da educação', 'aceleração e movimento', 'pensamento crítico', projectos de futuro', etc, e nenhuma proposta válida de solução.
Fala sobre a qualidade dos professores ser fundamental e como devíamos recrutar professores de grande qualidade. É claro que estas frases têm implícita a ideia de que, neste momento em que vivemos, não há professores de grande qualidade.
Então, só para contextualizar a minha sugestão, deixem-me lembrar que por volta do ano 2000, tinham passado pouco mais de 20 anos desde o caos na educação do pós-25 de Abril que levou às escolas professores sem formação nas matérias em que ensinavam - parecido com o que temos agora. Nessa altura, era muito difícil entrar para a profissão e os que lá chegavam vinham com notas de licenciatura muito altas, com mestrados (pré-bolonha, não estas coisas que agora funcionam) e até começavam a aparecer professores com doutoramentos.
Destes professores, muitos foram despedidos por PPC no tempo da troika, mas os que não sairam então, estão ao serviço. São os professores que têm agora 20 a 25 anos de serviço. Vão a meio da carreira ainda têm muito que penar.
Portanto, ao contrário da insinuação, há muitos, muitos professores de grande qualidade nas escolas.
A minha sugestão é: em vez destas pessoas estarem sempre a referir-se a um professor qualquer do futuro extraordinário para valorizar, porque não valorizar os excelentes professores que estão nas escolas, agora?
No comments:
Post a Comment