Quando praticamente todos os trabalhos tiverem sido substituídos pela IA, a nossa vida vai piorar muito. A ideia de que ficamos livres para apreciar a vida e ser criativos é utópica.
Em primeiro lugar, a maioria das pessoas não é criativa nem industriosa, pelo contrário, precisa que lhe digam o que fazer, o que gostar, o que apreciar e como. Como os seres humanos serão dispensáveis para a organização social, a sua educação será mantida nos mínimos dos mínimos. Uma educação nos níveis mínimos não desenvolve a capacidade de inteligência que ficará, salvo raríssimas excepções, embotada. O resultado será as pessoas regrediram a uma vivência perto dos instintos. (em parte isso já está a acontecer, as isso é para outra vez)
Em segundo lugar, dado que as pessoas têm de comer e adquirir bens, a sociedade será dividida em dois grupos apenas. Um pequenino grupo de donos da IA e mais um ou outro serviço essencial, que terão o poder, a riqueza e controlo do mundo e uma larga maioria de pessoas dependentes, que terão, nada. O resultado será decidirem dar um rendimento mínimo de sobrevivência a esses todos, de acordo com o necessário para uma vida perto dos instintos. Naturalmente que no topo desta pirâmide estarão indivíduos como Musk, Bezzos, Trump e outros, pessoas sem o mínimo respeito pelos direitos humanos, que serão os donos dos novos escravos.
Não vejo os políticos e outras pessoas em lugares de liderança preocuparem-se com esta autêntica bomba nuclear, a ponto de tomarem medidas.
O ser humano precisa de uma ocupação útil, de ter um propósito, um sentido para a vida.
ReplyDeleteQuando tal não acontece, entramos nas distopias que o cinema nos apresenta ocasionalmente de sociedades entregues aos prazeres vividos de forma doentia.
Internet com IA: vida de entretenimento e satisfação de instintos primários. Penso que estamos a andar para aí.
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