Helena Tecedeiro
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A propósito de Zelensky ter feito alterações a uma lei que interfere com instituições de combate à corrupção e de uma grande porção de pessoas ter vindo para a rua protestar, esta jornalista faz conclusões sobre a ética dele.
Na realidade, depois de um único dia de protestos, ele reverteu a lei. No entanto, este artigo releva os protestos e as queixas de corrupção e não a democracia em acção que este acontecimento mostrou claramente existir na Ucrânia.
Qual é o país que não tem corrupção? E qual é país onde o Presidente, depois de um dia de protestos, ouve o povo e altera as suas decisões? A Ucrânia. Não sei de mais nenhum. Aqui em Portugal, ainda no governo anterior a corrupção era gritante, havia denúncia e protestos diários e o senhor Costa nunca ligou um boi às denúncias e protestos do povo. Até disse numa entrevista que entre a opinião de todo o povo e a sua, escolhia a sua, "porque eu é que sei".
Aliás, do que li em sites ucranianos, a questão é mais complexa do que é dito. Os tais organismos aos quais ele queria tirar poder, estão infiltrados de influências russas. Aliás, ele reverteu a lei mas acrescentou-lhe medidas de segurança relativamente às pessoas que compõem esses orgãos, como maior escrutínio e obrigação de passar por detectores de metais. Ora, isto a mim diz-me que houve tentativas de assassinato ligadas a esses grupos. Zelensky deve ser a pessoa no mundo -juntamente com alguns cabecilhas do Hamas- cuja vida corre maior perigo.
Mas o povo ucraniano não é o russo. Quando não gosta vem para a rua e manifesta-se.
Zelensky está a liderar uma guerra contra o 2º exército do mundo (por causa das armas nucleares), coligado com mais exércitos (Irão, CN, China) quase sozinho, numa situação extremamente complexa e não tem cometido erros.
Acho que, acima de tudo, é isso que os putineiros não perdoam: ele não ser um palhaço corrupto às ordens de Putin.
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