June 10, 2025

Falta de bom senso

 

Insultos e incidentes na homenagem aos combatentes com Gouveia e Melo a assistir

A cerimónia de homenagem aos ex-combatentes em Lisboa está a ficar marcada por um incidente entre ex-militares, que levou à intervenção da PSP e começou depois de um momento interreligioso na cerimónia celebrado entre figuras católicas e muçulmanas.

Depois de uma oração do imã de Lisboa, Sheikh David Munir, dois homens no público gritaram insultos, clamando "vergonha", dirigindo insultos racistas e apontando ao imã que "isto não é a tua pátria" - David Munir é o imã de Lisboa desde 1986. (Expresso)

 

Porque raio uma cerimónia aos ex-combatentes portugueses tem orações islâmicas? Desde quando é que temos ex-combatentes islâmicos? Desde quando somos um país islâmico? Convidaram também os judeus para rezar? Os evangelistas? Os adventistas? A Igreja dos santos dos últimos dias? Os mórmons? Os metodistas? Os anglicanos? Os hinduistas? Os protestantes? Porque raio foram buscar islamitas? Organizar uma cerimónia destas nestes termos é uma total falta de bom senso. Parece de propósito para provocar incidentes, completamente evitáveis. Gente sem cabeça à frente de tudo quanto é cargo.

5 comments:

  1. Em Moçambique conheci inúmeros soldados que eram muçulmanos. Dizem que também havia muitos na Guiné.

    ReplyDelete
    Replies
    1. Pois, calculo que sim, porque apesar do exército ser esmagadoramente católico, essa religião não era exclusiva. Recrutavam-se populações locais, portanto, deve ter havido alguns muçulmanos, mas também os houve de muitas outras religiões. A questão é: porque foram chamar especificamente e apenas um representante da religião islamita?

      Delete
    2. Da islamita e também da católica.
      Porque os soldados que lutavam do lado português eram, na esmagadora maioria, de uma destas duas religiões. Nunca conheci nenhum soldado budista, por exemplo, mas admito que poderia haver algum.
      Os muçulmanos foram, sobretudo na Guiné, abandonados pelo exército português a quando da descolonização.
      Quando andei na tropa tive muitos amigos muçulmanos.
      Por acaso o exército respeitava as crenças religiosas de cada um, quando no rancho havia carne de porco faziam sempre outros pratos para os muçulmanos.
      Fora da religião cometeram-se muitos crimes de guerra como matar crianças e mulheres indefesas. Etc.
      Eu não tenho religião mas concordo com as cerimónias para os crentes das religiões reconhecidas.

      Delete
    3. O que diz não invalida o que eu disse.
      Aliás, calculo que entre os soldados africanos a lutar por Portugal, a maioria deles teria uma religião local.

      Delete
    4. "O que diz não invalida o que eu disse."
      Claro. Nem tal me passaria pela cabeça.

      Delete