May 03, 2025

Ontem fui ouvir música

 


Smetana, Elgar, Debussy e Ravel, dirigidos pelo maestro Aziz Shokhakimov. A orquestra tocou Smetana, Oh Moldava com muito brio e sentimento; na Valsa de Ravel, pensei que o maestro ia levar voo; Marco Pereira tocou Elgar com pungência. Só o Debussy esteve a mais, no sentido em que destoou do programa. La Mer não é a peça de Debussy que mais gosto... mas que sei eu de música? Um átomo. 

Enfim, gostei imenso do concerto. A seguir fomos comer a um restaurante minúsculo de um casal indiano que está cá há pouco tempo porque ela falava meio português-meio inglês e pediu desculpa de ainda não falar português. Ele é o cozinheiro. Fazem uma comida variada entre pratos indianos, pratos chineses e pratos internacionais. Gostei.



5 comments:

  1. Lá nos cruzámos, então. Concordo consigo quanto ao Debussy. A minha audição - ou atenção - já não são o que eram - e talvez não me tenha apercebido do som das harpas que foi tão gabado por pessoas com quem fui, que dizem ter feito um bom diálogo enquanto som do vento. Embora não seja o meu concerto favorito, fica sempre o gosto de ouvir violoncelo, o instrumento, quanto a mim, que emite o som mais bonito de todos. Numa nota muito pessoal, pois sou muito pelo protocolo, gostei de ver o maestro de casaca (já não são todos...) e não gostei de ver o solista de sapatos de ténis brancos.

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    1. Pois, não é costume ver o solista de sapatos de ténis. Mas eram pretos e não brancos. "A atenção já não é o que era"? Adormeceu? ahah

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    2. Não irei teimar consigo quanto à cor da calçado do cavalheiro, mas apostaria que eram brancos; não estou certo de que da fila 3 eu conseguisse discernir o colorido preto. Mas veremos, que um dia o concerto passará no Mezzo. Quanto à atenção... Não adormeci com Debussy, mas com Elgar - e brevemente... Às vezes distraio-me com outras coisas, nomeadamente a obsessão por encontrar um - um único! - músico canhoto, o que não existe. E como não tenho um ouvido extremamente apurado, algumas coisas acabam por passar-me.

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    3. Não, tenho a certeza porque estava a uns 5 metros do palco. O solista tinha uns sapatos de ténis pretos, com uma sola alta, daquelas de plataforma, branca. Talvez isso o tenha enganado.
      Não sei como se pode adormecer com o concerto de Elgar.
      Existem músicos canhotos, sim, mas são poucos e é um problema com os instrumentos. Alguns transformam os instrumentos eles mesmos e põem o braço ao contrário. Entre os guitarristas há alguns famosos por isso.

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    4. Talvez os sapatos fossem de plataforma branca, concedo.
      A resposta ao adormecimento com o concerto é simples, se, em vez de dizer "adormecer com...", disser "adormecer durante..." Precisei de adormecer durante intermitentes minutos naquele momento - e poderia estar a dar o Elgar ou o Ravel. Foi o corpo que pediu, não o Elgar que suscitou.
      Músicos canhotos: não falo de instrumentos que utilizem arco, ou mesmo uma flauta, porque o choque com o vizinho seria óbvio. Mas porque não existem canhotos a tocar oboé, ou fagote, ou trompete, cuja "canhotice" não incomoda ninguém?
      Enfim, minudências de um espírito curioso - ou apenas de uma pessoa canhota...

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