A esperança é (...) um privilégio exclusivo dos mais ricos.
Diversos estudos sobre a realidade política recente (...) explicam este fenómeno. Os eleitores que votam contra os seus interesses (...) fazem-no por não se identificarem com a posição de assistidos e dependentes, por quererem emular o que julgam ser o comportamento dos mais afortunados, por acharem que o “sistema” os excluiu e não deve ser premiado por isso, por sentirem que o meio urbano e o seu cosmopolitismo, pluralidade e linguagem os pune diariamente. O voto no Chega não é, de facto, apenas um voto de protesto. É também um voto aspiracional, de auto dignificação e, provavelmente, de simples apreço pela compreensibilidade da mensagem. Mesmo quando esta é o que é.
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