Este é o tipo de ameaça que Mortágua e Raimundo não consideram ser preocupante para Portugal. Sim, a ameaça existe no mundo mas nós estamos aqui no nosso cantinho e nada chega aqui. Uma opinião estranhamente -ou talvez não- idêntica à de Trump que se retira do mundo porque "tem um grande e lindo oceano a separá-lo do resto do mundo". Quando começou a pandemia também me lembro da directora da DGS dizer que sim, que havia uma pandemia mas era na China, que está muito longe e por isso nunca cá chegaria. Como se não estivéssemos todos fechados no mesmo planeta.
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🦌 @Frid45A Argélia está a emergir como uma das ameaças mais subestimadas da União Europeia. Para além da chantagem energética e das tensões regionais, as suas ambições militares estão a levantar alertas. Uma análise rápida:
Em 2025, a Argélia gastará 25 mil milhões de dólares em defesa, quase 20% do seu orçamento nacional (isto é ENORME para um país que não está em guerra) e perto de 10% do seu PIB. Trata-se de um dos rácios mais elevados do mundo entre a defesa e o PIB.
O reforço militar não é abstracto. A Argélia está a preparar-se para um potencial conflito com Marrocos. As tensões fronteiriças estão a aumentar e o Saara Ocidental continua a ser uma bomba-relógio.
A Argélia tem utilizado repetidamente as exportações de gás como instrumento de pressão, nomeadamente contra a Espanha, depois de Madrid ter mudado a sua posição relativamente ao Saara Ocidental. A França e a Itália continuam vulneráveis devido à sua dependência parcial do gás argelino.
Os serviços secretos franceses alertaram para a interferência estrangeira. A Argélia mantém uma forte influência informal sobre a sua diáspora, que pode ser utilizada para alimentar a agitação em França durante períodos sensíveis.
A Ucrânia deve continuar a ser a principal prioridade da Europa, mas as ameaças do Sul não devem ser ignoradas.
Muitos na Europa Ocidental subestimaram a Rússia, alguns na Europa Oriental estão agora a ignorar a Argélia. Mas os sinais estão lá: gastos militares maciços, agressão regional, alavancagem energética e alinhamento com Moscovo. É uma geografia diferente, mas a cegueira estratégica é a mesma.
Desde 2024, o escritor franco-argelino Boualem Sansal foi condenado à prisão por ter criticado abertamente o governo. A sua prisão levanta preocupações sobre a repressão contínua da dissidência e a supressão da liberdade de expressão na Argélia.
A crise diplomática entre a Argélia e a França atingiu níveis sem precedentes, alimentada pela repressão da dissidência, por acções controversas de cidadãos argelinos em França e por tensões crescentes sobre a cooperação regional. Está a formar-se um fosso profundo entre as duas nações
Em 31 de março de 2025, a Argélia abateu um drone militar do Mali, alegando que este tinha violado o seu espaço aéreo. O Mali negou a violação e acusou a Argélia de interferência. Em resposta, o país chamou o seu embaixador e proibiu os voos um do outro, aumentando as tensões na região do Sahel.
As recentes tensões entre a Argélia e os Estados do Sahel, apesar da sua aliança comum com a Rússia, são surpreendentes. A postura mais agressiva da Argélia sinaliza uma mudança em direção ao domínio regional, complicando a cooperação no Sahel e ameaçando toda a região, incluindo a Europa.










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