Acordei com os sinais sonoros do telemóvel. Tenho um novo respeito pelo fabricante do congelador que se aguentou estas horas todas sem descongelar.
Este apagão deu para perceber a situação de vulnerabilidade do país em termos energéticos e a importância de ter alternativas. Não podemos estar reféns de Espanha, independentemente das causas deste apagão. Um dia que os espanhóis queiram destruir-nos fazem de propósito o que agora aconteceu a despropósito. Confesso que pensei logo ser um ciberataque do suspeito do costume que mora no Kremlin.
Também a falta de resposta da Proteção Civil. Procurei activamente informações sobre o que se passava e sobre indicações do governo e não houve. Fui deitar-me sem saber o que se passava e se teríamos luz nos próximos dias. Estivemos sem comunicações mais de 12 horas de seguida. Isto não é aceitável a não ser em caso de guerra e mesmo assim... Na minha escola, imensa gente com filhos estava sem água porque depende de bombas eléctricas.
Faltou a água na escola. Os miúdos estavam naquela excitação com algum receio à mistura porque muitos moram aqui à volta da cidade e não tinham maneira de falar com os pais e de combinar como ir para casa. Corriam os maiores boatos sobre as causas do apagão e as aulas começaram com muitas perguntas sobre o assunto mas como eu não sabia nada sobre o que estava a acontecer, dei-lhes alguns conselhos de bom senso face à situação. Dei as aulas mais ou menos normalmente (felizmente levo sempre um plano B para o caso do projector ou o computador falharem)
Vou comprar um petromax para ter em casa.
Por mais que custe, fechar centrais a carvão e fazer a transição energética a galope dá maus resultados.
ReplyDeleteE pôr todos os ovos no mesmo cesto.
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