Lech Wałęsa, antigo presidente polaco e vencedor do Prémio Nobel da Paz em 1983, assinou uma carta dirigida ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressando “horror e desagrado” pela sua discussão com o ucraniano Volodymyr Zelenskyy na Casa Branca, na semana passada.
A carta, assinada por Wałęsa e mais de 30 ex-prisioneiros políticos polacos durante a era comunista, dizia que as exigências de Trump e Vance de que Zelenskyy mostrasse gratidão eram “insultuosas” face à heróica luta da nação ucraniana pela liberdade.
Os signatários afirmaram que a “atmosfera na Sala Oval fez-nos lembrar o que recordamos bem dos interrogatórios” dos serviços secretos comunistas e dos tribunais do regime polaco.
“Os procuradores e os juízes, trabalhando em nome da omnipotente polícia do Partido Comunista, também nos disseram que tinham todas as cartas e que nós não tínhamos nenhuma”, afirmaram.
“Estamos chocados com o facto de terem tratado Volodymyr Zelenskyy da mesma forma”, afirmaram.
Os eurodeputados recordaram ainda a Trump as obrigações dos Estados Unidos no âmbito do Memorando de Budapeste de 1994, que prevê garantias de segurança para a Ucrânia em troca da devolução das armas nucleares da era soviética.
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