Por exemplo, não desejava que o meu filho andasse seis anos na escola primária a aprender mais do mesmo e a ficar impreparado para aprendizagens complexas. Nem o queria infantilizado e imbecilizado como vejo tantos miúdos que aos 10 e 11 anos parece que têm cinco anos, tanto na linguagem como no raciocínio.
Num idade em que os miúdos aprendem como esponjas a absorver água, a ideia de deixá-los 6 anos a marcar passo numa educação básica é, quanto a mim, criminoso. No fim dos quatros anos do 1º ciclo o normal seria os alunos saberem ler e escrever correctamente, conhecerem alguns poetas nacionais, saberem algo da nossa história, terem noções básicas dos continentes do mundo e saberem colocar-nos no mapa, dominarem as operações básicas da matemática, saberem reconhecer padrões matemáticos em conjuntos de problemas, trabalhar com fracções, conhecerem vultos da cultura portuguesa e do mundo na música, na pintura, saberem falar o básico numa língua estrangeira.
A ideia de os deixarmos durante seis anos, numa idade de grande capacidade de aprendizagem, a marcar passo sem evoluir para pouparmos dinheiro na educação, é típico de 'cientistas' medíocres e de visões curtas e medíocres a médio e a longo prazo.
E pergunto-me, qual é o benefício de pouparmos dinheiro na educação? Para onde vai esse dinheiro? Para os calotes da banca serem perdoados? Para resgatarmos bancos com biliões? Para escritórios de advogados venderem cada porcaria de parecer a 100 mil euros a página? Em que é que enterrar a educação e atirar as crianças e jovens para o lixo da educação medíocre beneficia o país?
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