Liguei a TV na Euronews. Está a passar um programa de promoção dos portos árabes como destino dos iates de super-luxo. Os iates tiveram um aumento de vendas de 11%, tendo gerado lucros de mais de 20 mil milhões de dólares. Os italianos são líderes de mercado, sobretudo a marca Azimut e este programa está a promover uma concorrente dessa marca, a Gulf Craft, um fabricante árabe de iates com sede nos Emirados Árabes Unidos.
O mercado dos iates de super-luxo estar em crescimento é um sintoma da desigualdade extrema em que se tornaram as nossas sociedades onde pessoas acumulam dinheiro à custa da exploração extrema dos seus sobrudinados. Os iates, bem como os aviões privados, são meios de transporte individuais, super-poluentes. São uma evidência do desinteresse desses proprietários pelo bem comum, o que é típico de ditaduras e ditadores árabes. Porém, metade do tempo da Euronews é passado a promover o modo de vida árabe.
A Euronews tornou-se num canal de normalização da vida e da cultura árabe e dos costumes islamitas da maioria dos árabes. Isto em si não teria mal se o canal se anunciasse como um veículo de propaganda da vida de ditaduras e de crenças islâmica dos países árabes. Porém, apresenta-se como um canal veículo das ideias, da vida e da cultura da UE.
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