October 13, 2024

Porque é que Biden não foi à Cimeira de Ramstein?

 


Porque não queria comprometer-se com uma ajuda eficaz à Ucrânia. Uma ajuda que leve à vitória da Ucrânia e à derrota da Rússia. Evidentemente que o furacão Milton foi uma desculpa. A Flórida tem um governador e instituições muito habituadas a lidar com estes fenómenos e o governo de Biden tem uma vice-presidente que até podia ter aproveitado a ocasião para mostrar o seu sentido de Estado e o seu modo de lidar com uma crise. A guerra da Rússia na Ucrânia, posta em perspectiva com a tempestade, tem uma relevância infinitamente superior dado que do seu desfecho depende o futuro geopolítico do mundo -não é exagero dizê-lo- nas próximas décadas; assim como desse desfecho depende a paz e a segurança mundiais, das quais dependem a cooperação quanto ao ambiente e o crescimento sustentável, sem os quais não há planeta. A sua não ida manda uma mensagem a Putin de tolerância com a sua agressão. Cada vez é mais difícil compreender a cobardia dos EUA e da Alemanha neste caso - ou talvez estejam nas mãos de lobbies muito poderosos que põem os seus interesses particulares à frente de tudo. Seja qual for o caso, foi mais uma oportunidade perdida para se alcançar uma paz sustentável, não só para a Ucrânia, mas para o mundo. Como vemos neste vídeo, ao contrário da cobardia dos EUA e da Alemanha, os ucranianos não se entregam aos ditadores e, sendo assim, se continuarmos com estas políticas de medo e cobardia (ou de comprometidos como Trump, não sei...) teremos uma URSS parte II, com consequências desastrosas e inimagináveis para todos nós. Putin já foi, há 50 anos, um ser humano com um pé na realidade, mas já não é: está completamente desumanizado e fora da realidade e, como consequência, está a criar uma realidade à medida da sua índole grotesca. 


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