Em 2016, um Documentário de Experiência Social chamado, Boys Alone, pegou em 10 rapazes com idades entre os 11 e os 12 anos e deixou-os sem supervisão numa casa durante cinco dias. Antes de serem deixados sozinhos, os rapazes tiveram aulas de culinária e outras lições de competências para a vida, para que todos tivessem um ponto de partida mais equilibrado.
Repetiram a experiência social com raparigas em Girls Alone. As raparigas recebem as mesmas lições de competências para a vida que os rapazes, antes de serem deixadas à sua sorte durante a maior parte de uma semana.
Os rapazes não usaram nenhuma das competências para a vida que lhes ensinaram. Sobreviveram os 5 dias com refrigerantes, pacotes de snacks e latas. Escreveram e pintaram as paredes com graffitis, Andaram à bulha uns com os outros todo o tempo e chegaram a atar um deles numa cadeira. Sujam e estragam tudo. Ao fim dos cinco dias estavam isolados uns dos outros e depressivos.
As raparigas, pelo contrário, colaboraram umas com as outras. Organizaram-se para cumprir as tarefas entre todas, usaram as competências para a vida que lhes tinham ensinado, pintaram as paredes com murais positivos, brincam, apoiam-se umas às outras.
Tem isto que ver com educação? Talvez. Os rapazes são geralmente educados para o narcisismo, estragados com mimos pelos pais, educados para o controlo (nomeadamente das raparigas), esperam que os outros lhes façam tudo, ao passo que as raparigas são educadas para colaborar, para ser úteis e alcançar compromissos em situações sociais. Quando têm irmãs, os rapazes vêem as irmãs fazer tarefas das quais estão dispensados por serem rapazes. Sendo, em geral mais agressivos que as raparigas assim que entram na adolescência por conta dos níveis de testosterona, são educados para maximizarem essa agressividade contra os outros.
Talvez hoje, passados quase dez anos as coisas fossem diferentes?
Pode ver a totalidade da experiência dos rapazes, aqui e das raparigas, aqui e tirar as suas conclusões.
Pode ver a totalidade da experiência dos rapazes, aqui e das raparigas, aqui e tirar as suas conclusões.
Vi o dos rapazes. Que país são aqueles? Que reações são aquelas ao resultado final e à ação dos filhos? E ainda por cima foram acompanhando o processo...
ReplyDeleteSe repetissem hoje o projeto, creio que as raparigas estariam mais próximas deste quadro dos rapazes e estes mais selvagens.
Não sei. Não noto, nas aulas, os rapazes mais agressivos. Nem as raparigas, no geral, que continuam mais aplicadas e assertivas que eles. Noto-os a todos muito exigentes nos direitos e muitíssimo negligentes nos deveres.
DeleteEstá muito ligado aos pais e ao exemplo que dão.
Quando via o documentário, lembrei-me de 'O Senhor das Moscas'.
ReplyDeletePois, é o que vem logo à cabeça.
Delete