Europeias - nada ficou na mesma

 

Ficou tudo na mesma? E a França? Se Le Pen for eleita para governar a França podemos ter na UE o que os EUA têm no Congresso, uma cisão desestruturante, desagregadora, com a agravante que temos aqui a guerra de Putin a minar os países e a fomentar a divisão interna. Quem fazia pressão sobre o alemão para apoiar a Ucrânia e pensar além do seu umbigo era a França mas se Le Pen for eleita, é provável que se junte a Orban para minar a UE e prejudicar os países de Leste. França e Alemanha são os dois países que mais influência têm nos destinos da UE. Por conseguinte, a França ter virado na direcção de Putin é um sinal de que nada ficou na mesma e tudo ficou muito incerto e muito perigoso. Se juntarmos a isso os extremistas alemães terem ficado em segundo lugar e os extremistas belgas terem ganho as eleições...


Europeias: a noite em que tudo ia mudar foi afinal a noite em que (quase tudo) ficou na mesma

A direita radical e a extrema-direita sobem, mas sem provocar um terramoto no PE – pelo menos segundo os resultados provisórios, que mantêm o PPE como a maior família política, seguido dos socialistas e dos liberais. As forças pró-europeias continuam a ser a maioria e Von der Leyen é ainda mais favorita para continuar à frente da Comissão.