Com a frase Vinum bonum laetificat cor Hominis (o bom vinho alegra o coração do homem) pendurada na sua sala de estar, um jornalista do Le Progrès entrevistou-o em 2015. “Nunca estudei latim, não. É um dos arrependimentos da minha vida.”
Bernard Pivot
Comecei a ver o programa de Bernard Pivot há umas dezenas de anos quando estava a morar em Bruxelas. Nessa altura ele já tinha terminado o programa, Apostrophes, que apresentou de 1975 a 1990 e que continua a ser “A” referência da cultura na televisão. Estava, então, a apresentar o programa “Bouillon de culture” (de 1991 a 2001) que vi durante anos e que tratava da actualidade literária, de cinema, de teatro, etc.
Tinha sempre convidados importantes e interessantes e o tom dele, entre o repórter e o conversionalista -uma palavra que não existe em português mas devia existir- tornava essas conversas cativantes. Apenas não gostava do questionário proustiano que ele gostava de fazer aos convidados no final do programa. Deleuze não o suportava e dizia que ele fazia da literatura um espectáculo menor de TV, mas a verdade é que ele punha as pessoas a ler, a ver cinema, teatro... era um homem culto e parece-me que prestou um serviço à cultura em geral e não só à França. Que mais se pode querer de alguém?
Sit tibi terra levis... (Lucius Gellius)
John Le Carré no programa Apostrophes. O livro, A Casa da Rússia tinha acabado de sair e a conversa à volta da democracia versus a ditadura nomeadamente nos métodos utilizados por ambos continua muito actual.
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