April 05, 2024

Estou doente outra vez

 

Tenho uma super-bactéria resistente a antibióticos. Ando há 5 meses a bombardeá-la a intervalos regulares, mas ela só fica atordoada e não morre. É uma parasita que não me larga nem a cacete. Depois, vamos ao hospital e está cheio de gente que precisa com urgência de estar a ver telenovelas no telemóvel em alto som ou a ligar a alguém com conversas que não interessam nem a eles mesmos ou para explicar em pormenor a diarreia que os levou ao hospital... não se calam, não há um segundo de silêncio. E o empreiteiro da obra de ampliação ou lá o que é, do hospital, é um incompetente. Há um ano ou mais e ainda a obra vai na fase dos martelos pneumáticos. Não sei, mas a Ucrânia, no meio de uma guerra, reconstrói um edifício em três meses...


4 comments:

  1. Já pensou numa baixa de longa duração para tratar de si e da saúde? Tenho colegas que preferem continuar a trabalhar porque não suportem ficar em casa, parados, mas... Nada de mais valioso há do que a nossa saúde. Só a dos filhos.

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    1. Não vou por nenhuma baixa porque os 'derivados do cancro' como chamo a estes problemas que herdei dos tratamento da doença -e da própria doença- não são coisas que se tratem e fiquem curados para sempre. Curo uns a aparecem outros de maneira que nenhuma baixa resolve o assunto. Para o ano já tenho horário com as indicações do médico da medicina familiar e as coisas hão-de melhorar, porque este ano tenho andado exausta e isso não ajuda.

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  2. Está-me a parecer que a sua guerra está a ponto de ultrapassar a da Ucrânia; pelo menos na reconstrução - jamais tinha ouvido que os ucranianos em guerra reconstroem edifícios em três meses, aquilo por lá está tudo desmantelado. Ou os media são uns falsos.
    Mesmo quem não tem de lidar com cancros, esses sortudos do acaso, sendo velhos têm de aguentar com as mazelas sem jeito nenhum que a idade traz. E é que nunca se esquece, a parvalhona, não dá tréguas.
    E portanto desejo que vá o menos possível ao hospital, que a gente não pode dar confiança a médicos e apaniguados, acham-nos os enguiços todos, até os que não temos.
    Vai ver que no fim de semana dá um badagaio à bactéria e pumba, desaparece. Se um abraço virtual tem algum valor (acho que vale tanto como as intenções), segue por junto e para fazer companhia já que as bactérias, parecendo que não, acompanham uma pessoa.

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    1. Compreendo o que quer dizer, mas esta bactéria provoca-me uma infecção específica muito dolorosa que não posso ignorar. De Dezembro para cá tem sido uma infecção por mês.

      Na Ucrânia, em cidades como Kyiv e outras que foram (e são) bombardeadas mas não estão destruídas, eles têm feito um grande esforço para reconstruir.

      Obrigada pelo apoio.

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