March 28, 2024

Não percebo a solução da AR mas é uma grande decepção

 


Nem me parece que o Parlamento se tenha redimido, nem me parece que alguém tenha saído vitorioso. Nós tínhamos uma tradição de o presidente da AR ir alternando entre os dois maiores partidos, independentemente de quem ganhasse as eleições, o que me parecia bem porque dava credibilidade ao cargo por intermédio da ideia de independência que essa alternância respeitava. Acontecia em coligações partidárias o presidente da AR mudar, dentro da própria coligação, entre os partidos que a compunham. Depois o PS quebrou a tradição e impôs o SS, o que pareceu clubismo, falta de respeito pela alternância democrática e ganância de poder. Pode ser que tenha chegado a altura do lugar do presidente ser alargado a outros partidos para além destes dois, mas então arranjem um regimento que respeite uma ordem da alternância alargada a outros partidos. Agora, o PS, que já teve dois presidentes de seguida impor ter que ser o presidente no mandato dos outros, parece-me uma ganância injustificada de poder e um afundanço do espírito democrático do Parlamento de que a alternância era expressão, de maneira que penso que todos perderam e o país ainda perdeu mais. Em geral o que se passou e a não-solução que encontraram é uma grande decepção.


O dia em que o Parlamento se afundou e se redimiu

Manuel Carvalho
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Moral da história: entre o PS e o Chega, o PSD escolheu o PS


Qualquer membro de claque pode reclamar vitória, seja ele do PSD, do PS ou do Chega.

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