February 01, 2024

Detesto incompetência. Se é para denegrir os professores, ao menos façam-no eficazmente



“É um escândalo esta elevadíssima falta de assiduidade dos professores do ensino público, que deixa milhares de alunos sem aulas e sem aproveitamento e que vai minando a confiança na escola pública”
(Vital Moreira, Blogue Causa Nossa, em 30 de Janeiro de 2024)…

– “É evidente que nada de semelhante se passa nas escolas privadas. A uma cultura de irresponsabilidade profissional no sector público, soma-se uma gritante carência de ética de serviço público. Enquanto a falta de assiduidade não for devidamente penalizada na avaliação de desempenho profissional, a situação só pode piorar.” (Vital Moreira, Blogue Causa Nossa, em 30 de Janeiro de 2024)…

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Estas afirmações deste socialista vêm na sequência daquele título que encheu os jornais na semana passada em letras gordas:
Em média, os professores do ensino básico e secundário faltam cerca de dois milhões de dias por ano.” (Isabel Flores, citada pela Agência Lusa, em 29 de Janeiro de 2024)…
Depois, nas letra pequenas, ficamos a saber que mais de 90% dos professores, ou nunca falta (40%) ou falta entre 2 a 10 dias, no máximo, por ano (50%), aliás, em linha com o resto da FP, o que desfaz a histeria do título, que foi escrito daquele modo para...? Ah, para escandalizar a opinião pública e virá-la contra os professores.  Que originalidade...

Mais, esses menos de 10% que faltam, o estudo revela que são pessoas perto e acima dos 60 anos e faltam porque têm doenças prolongadas, como cancros, por exemplo, e põem baixas para fazer quimioterapia, radioterapia, etc.

Este exemplo acabado do socialismo, Vital Moreira, propõe que esses professores, com doenças graves prolongadas, sejam prejudicados na carreira: 
esta elevadíssima falta de assiduidade” tem que ser “devidamente penalizada na avaliação de desempenho profissional”…
Aqui a minha pessoa, portanto, segundo este socialista, devia ter sido penalizada, pois em 2018 esteve cinco meses de baixa para tratamentos oncológicos. A lutar pela vida. Compreendo perfeitamente o ponto de vista socialista dele: se estavas a morrer e podias poupar dinheiro ao governo socialista, porque não morreste?

Penso que esta é a tal injustiça social de que falava a pessoa Rodrigues no artigo anterior. Mas claro que termos como injustiça social não se aplica a professores, esses malandros privilegiados que em vez de morrer tratam-se e custam dinheiro.

Portanto, aqui está um exemplo de como se continua a manipular a informação para denegrir os professores. 

Porém, já que fazem as coisas, ao menos façam-nas com competência. Detesto incompetência. Por exemplo: em vez de contabilizarem as faltas em horas, contabilizem em minutos. O número chegaria aos biliões e teria um impacto muito maior na opinião pública contra os professores!

E se juntarem a isso uma manifestação a pedir a morte dos professores como fazem os apoiantes do Hamas aos judeus? Capitalizam eficazmente e ao máximo o ódio contra os professores da escola pública. Fica aqui a sugestão.

QED

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