Por ter sido ontem e por dizer respeito ao partido com prolongadas responsabilidades governativas nas últimas décadas, socorro-me do que se lê na moção do agora candidato a Primeiro-Ministro, Pedro Nuno Santos (PNS).
– se insinue que o investimento nos primeiros escalões da carreira docente se fará à custa do sacrifício, por via de cortes salariais, nos vencimentos de quem, hoje, se encontra (ou se apresta para progredir) nos 7.º. 8.º, 9.º e 10.º escalões até porque, ao contrário do que foi dito para a carreira médica, o PS não defende, nem propõe, a valorização da carreira dos professores. Estaremos perante uma habilidade linguística e financeira, assente no aplanamento dos salários, virando os mais novos contra os mais velhos?
Uma vez mais, parece que o desígnio continuará a não ser o de proteger a Escola Pública, mas o de normalizar o seu empobrecimento.
José Manuel Alho
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