Hoje fui ver o Quebra-Nozes, que todos os anos vejo, se posso. Uma das amigas que foi contou que apanhou um Uber (mora na margem norte). O motorista era paquistanês. Não falava uma palavra de português. Foram mandados parar pela polícia. Em primeiro lugar o motorista só parou porque ela lhe gritou -em inglês- que se não parasse ia preso. Bem, quando parou e o polícia falou com ele foi como falar com uma porta. Teve que ser ela a fazer de interprete senão ficavam ali sabe-se lá até quando porque o motorista não percebia um boi de português. Resultado: saiu dali com uma data de multas porque não tinha os documentos, não tinha o seguro, não tinha o extintor... dá ideia que chegam a Portugal à segunda-feira de manhã e à tarde já são motoristas da Uber.
Depois, tendo algum tempo até ao espectáculo, entrámos numa lojinha de artesanato ali perto e resolvi comprar um livrinho de poetas alentejanos, edição bilíngue, português-espanhol. Uma edição muito bonita de um editora que desconhecia -Shantarin- e com poetas que não costumamos ver por aí como Garcia Resende, Conde de Monsaraz ou Bernardino Ribeiro, por exemplo. Mas caro: 26 euros, quase 27. Preço de turista... Comentei com o vendedor, um indivíduo muito simpático e ele disse-me para pedir ao chefe da minha empresa para descontar nos impostos. Respondi-lhe que não era possível, apesar do meu trabalho implicar ler muito, porque o meu patrão odeia os trabalhadores e faz o que pode para os prejudicar. Resposta dele: 'deixe adivinhar, é o ministro da educação'. Exacto.
Assim se percebe que não há ninguém neste país que não saiba que o ME odeia professores e faz tudo para nos prejudicar.
O Quebra-Nozes? Um encanto. É como entrar num conto de fadas a dançar.
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