Recentemente dois temas vieram mostrar a inépcia total do nosso governo. O primeiro é a constatação de que a população empregada aumentou mais de meio milhão de pessoas sem que o PIB tivesse crescido substancialmente como observou certeiramente Armindo Monteiro no seu artigo de 21 de Outubro último. Uma tal situação só se compreende no quadro de uma enorme baixa de produtividade.
Segundo tema: o anúncio ufano dos governantes portugueses de que as exportações representam agora mais de 50% do PIB nacional. Num momento em que a globalização está em declínio em que os países procuram internalizar as atividades de maior valor acrescentado, que a reinstrustrialização é a palavra de ordem, em que as preocupações de segurança se sobrepõem ao liberalismo económico, esta política portuguesa vem completamente em contraciclo. Que significa ela para o nosso país? Maior empobrecimento, emigração e atraso. Como?
(...)
[Portugal está a] ... especializar-se no irrelevante, no arcaico, no que assenta no baixo custo, na mão-de-obra barata, nas tecnologias atrasadas, no que não tem futuro. É isso que estamos a fazer. Novamente a contraciclo. Um desastre.
Enquanto o mundo pula e avança, nós vamos em contraciclo, em marcha atrás. Portugal merece melhor.
Jorge Fonseca de Almeida in opiniao/portugal-em-contraciclo-com-o-mundo
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