Segundo o general Valeri Zaloujny, a contraofensiva ucraniana chegou a um "impasse". O general acredita que só as "novas tecnologias" podem quebrar o impasse, numa situação que faz lembrar a Primeira Guerra Mundial.
O ESSENCIAL
A Ucrânia anunciou na quarta-feira que a Rússia tinha bombardeado mais de cem localidades nas últimas 24 horas, o maior número num único ataque desde o início do ano.
O Conselho Suíço para os Refugiados (OSAR) congratulou-se com o facto de o estatuto de proteção S ter sido mantido por mais um ano. O OSAR considera que o estatuto S não deve ser levantado até que a guerra na Ucrânia termine.
Na terça-feira, um funcionário humanitário das Nações Unidas apelou à ONU para que não "perca de vista" outras crises, como a da Ucrânia, apesar da guerra entre Israel e o Hamas.
Na terça-feira, a ONU responsabilizou o exército russo pelo ataque com mísseis a um café em Groza, na Ucrânia, no início de outubro, que matou 59 pessoas.
Será que o principal apoiante de Kiev vai decidir reduzir a ajuda? A partir de hoje, o Congresso dos EUA discutirá o seu apoio ao esforço militar ucraniano, num contexto de desacordo entre a Câmara dos Representantes e o Senado - que concordaram, no entanto, em adotar medidas de ajuda a Israel o mais rapidamente possível.
Washington é o maior fornecedor de ajuda militar a Kiev, tendo-se comprometido com dezenas de milhares de milhões de dólares desde a invasão russa em fevereiro de 2022. Mas a promessa de Joe Biden de continuar a apoiar financeiramente a Ucrânia, reiterada durante a visita do Presidente Volodymyr Zelensky a Washington em setembro, está em perigo.
No Congresso dos EUA, por um lado, há a Câmara dos Representantes, dominada pelos conservadores, onde um punhado de membros de direita está a pedir o fim imediato da ajuda a Kiev. Por outro lado, existe o Senado, dominado pelos democratas, onde a maioria da oposição republicana é a favor da ajuda à Ucrânia.
Consciente do risco de cansaço de uma parte da classe política americana, o Presidente Joe Biden decidiu combinar o seu pedido de ajuda à Ucrânia - mais de 61 mil milhões de dólares - com o de Israel, cerca de 14 mil milhões.
Joe Biden pretende também que os fundos façam frente à China no plano militar, investindo em submarinos, e no plano económico, competindo com os grandes projectos chineses nos países em desenvolvimento. O democrata de 80 anos estima também que precisa de pouco mais de 9 mil milhões para responder às crises humanitárias internacionais, nomeadamente na Faixa de Gaza. No total, são quase 106 mil milhões de dólares.
O general Valeri Zaloujny admite que a guerra chegou a "um impasse
A Ucrânia só ganhou 17 quilómetros, segundo Valeri Zaloujny, que recorda que o exército russo lutou durante dez meses em Bakhmut "para tomar uma cidade de seis quilómetros por seis". O general compara o campo de batalha na Ucrânia à "Primeira Guerra Mundial".
"Atingimos um nível tecnológico tal que estamos num beco sem saída", afirma. "É muito provável que não haja um avanço profundo e magnífico", acrescenta Valeri Zaloujny, que acredita que seria necessário um enorme salto tecnológico para sair desta guerra de posições.
"O facto é que nós vemos tudo o que o inimigo faz e ele vê tudo o que nós fazemos. Para sair deste impasse, precisamos de algo novo", explica. É por isso que "precisamos de aproveitar o poder das novas tecnologias", continua.
Também admite que se enganou ao pensar que podia parar a Rússia infligindo-lhe grandes perdas. "Foi esse o meu erro. A Rússia perdeu pelo menos 150.000 homens. Em qualquer outro país, essas perdas teriam acabado com a guerra. Mas não na Rússia, onde as duas guerras mundiais tinham causado milhões de mortes.
No comments:
Post a Comment