Para além disso, Melitta ficava cada vez mais frustrada por ter de limpar a cafeteira de cobre e por ter de se livrar das borras que se agarravam como lama aos lados. Passava muito tempo a tentar encontrar uma forma mais eficiente e limpa de fazer café. Depois de uma série de experiências, conseguiu inventar o filtro de café de papel utilizando páginas do caderno escolar de Horst: fez pequenos furos no fundo de uma caneca de latão para transformá-lo numa espécie de peneira, depois utilizou um pedaço de papel almaço do caderno escolar do seu filho Willy e assim, inventa o primeiro filtro de café. Sem resíduos.
O filtro de papel era depois deitado ao lixo juntamente com as borras de café molhadas. Ela descreveu todo o processo como "o prazer perfeito do café".
Em 1908, recebeu a patente do filtro de papel do Instituto Imperial de Patentes de Berlim e fundou a sua própria empresa, com sede no seu apartamento em Dresden. Tornou-se então a empregadora do marido, numa altura em que as mulheres nem sequer podiam votar, quanto mais dirigir e deter empresas.
A sua firma ganhou a medalha de ouro Feira Internacional de Saúde e uma medalha de prata da Associação Proprietários Saxões pela sua invenção.
Atualmente, o Grupo Melitta emprega mais de 4.000 pessoas em todo o mundo e, em 2017, registou um volume de negócios de 1,5 mil milhões de euros (1,8 mil milhões de dólares).
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