Houve uma altura em que tínhamos professores a mais. No tempo do Crato. Eu e outros que vi por aí, defendemos à exaustão que se aproveitasse a oportunidade para baixar o número de alunos por professor e organizar apoios e tutorias como deve ser e não isto que existe. Mas não. Escolheram despedir 30 mil professores e tornar a profissão tão repelente que ninguém quisesse ser professor. O resultado é o que se vê, ninguém quer ser professor: nem os que lá estão e em tempos gostavam da profissão, nem os que escolhem o que estudar. É o que a França vai fazer. E quando as coisas estiverem como aqui, em vez de resolver o problema, vão dizer que isso do conhecimento é uma coisa sobrevalorizada, pois o que interessa é ser fofinho, ter muitas emoções, dizer opiniões sem juízo, fazer meditação e andar de telemóvel nas redes sociais. Estamos cá para ver o que a França vai fazer.
Em breve a França vai perder 500 000 alunos. Que fará o governo?
Em breve, a França ver-se-á confrontada com uma diminuição impressionante do número de alunos: quase meio milhão em quatro anos. Como é que o Governo vai reagir: cortar nos postos de trabalho ou aproveitar a oportunidade para melhorar o rácio alunos/professor?
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