Passam hoje 55 anos da invasão da Checoslováquia pela Rússia, para esmagar a Primavera de Praga. Na noite de 20 para 21 de agosto de 1968, 200.000 soldados e 2.300 tanques da URSS e de vários dos seus países satélites invadiram e ocuparam a Checoslováquia. Tal como fizeram agora na Ucrânia.
Os tanques soviéticos entraram em Praga para esmagar o movimento de democratização do país, fomentado por intelectuais, escritores e jornalistas e liderado por Alexander Dubček. Tal como hoje, os soviéticos tinham, acima de tudo, medo do que um regime democratizado ali mesmo ao lado, pudesse fazer à imaginação e vontade de liberdade dos russos.
Os checos responderam à violência da invasão com resistência pacífica e imaginativa. Todos os dias, durante apenas uns minutos, para não serem apanhadas, as rádios transmitiam à população instruções de como resistir aos soviéticos. Não sei, não conheço, não direi, não tenho, não sei fazer, não darei, não posso, não irei, não ensinarei, não farei!, tornou-se o lema não-colaboracionista da resistência dos checos. Contudo, dado que não tinham capacidade de lhes responder militarmente, foram subjugados até aos anos 90, quando a URSS se desmoronou.
Os russos, quando entram noutros países é para esmagar a liberdade, destruir e matar. Não há memória de terem levado algo positivo a um país. Só colonização, destruição e morte. E assim continuam.
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