August 21, 2023

"Não sei, não conheço, não direi, não tenho, não sei fazer, não darei, não posso, não irei, não ensinarei, não farei!"

 

Passam hoje 55 anos da invasão da Checoslováquia pela Rússia, para esmagar a Primavera de Praga. Na noite de 20 para 21 de agosto de 1968, 200.000 soldados e 2.300 tanques da URSS e de vários dos seus países satélites invadiram e ocuparam a Checoslováquia. Tal como fizeram agora na Ucrânia.

Os tanques soviéticos entraram em Praga para esmagar o movimento de democratização do país, fomentado por intelectuais, escritores e jornalistas e liderado por Alexander Dubček. Tal como hoje, os soviéticos tinham, acima de tudo, medo do que um regime democratizado ali mesmo ao lado, pudesse fazer à imaginação e vontade de liberdade dos russos. 

Os checos responderam à violência da invasão com resistência pacífica e imaginativa. Todos os dias, durante apenas uns minutos, para não serem apanhadas, as rádios transmitiam à população instruções de como resistir aos soviéticos. Não sei, não conheço, não direi, não tenho, não sei fazer, não darei, não posso, não irei, não ensinarei, não farei!, tornou-se o lema não-colaboracionista da resistência dos checos. Contudo, dado que não tinham capacidade de lhes responder militarmente, foram subjugados até aos anos 90, quando a URSS se desmoronou.

Os russos, quando entram noutros países é para esmagar a liberdade, destruir e matar. Não há memória de terem levado algo positivo a um país. Só colonização, destruição e morte. E assim continuam.


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