Um Western Spaghetti... alemão... só que em vez de ser passado no deserto do Oeste americano é passado na floresta alemã, na Primavera de 1945. De resto, tem o Bom (um soldado alemão desertor); o Mau (um soldado nazi) e o Feio (o tenente-coronel das SS).
O filme passa-se numa pequena vila alemã onde os nazis entram para roubar o ouro de um alemão-judeu que morreu nos Campos, mas quando lá chegam descobrem que os nativos (quem queimou a casa ao judeu e enviou a família para os Campos) já tinham roubado e escondido o ouro - o Mayor e mais alguns, não todos - se bem que entre esses, todos se traíram para roubar o ouro uns aos outros, o que dá origem a umas cenas cómicas.
No fim, quando os alemães estão todos mortos, menos o soldado Bom, a rapariga que o esconde e salva dos nazis e uma da vila que ia a fugir com o ouro, os americanos chegam, rebentam com o carro da fugitiva, descobrem o ouro e sugerem dividi-lo entre eles.
Mas desde a primeira cena do incompetente enforcamento do soldado bom, que vemos o The Good, the Bad and the Ugly, praticamente em todas as cenas. Até a música de fundo, em grande parte do filme, evoca a música de Morricone desse filme. Tem, também como esse filme, cenas cómicas e outras de burlesco. Por exemplo, quando o Tenente das SS, que tem metade da cara destruída e anda com uma máscara a tapar essa metade da cara tira a máscara, enfia o dedo no buraco do olho e tira de lá uma aliança de casamento ou quando a que foge no fim com o ouro é posta knockout no meio de uma luta, por uma perna que voa no meio de uma explosão.
O filme é, literalmente, um Western Spaghetti. Não sei se era mesmo essa a intenção nem sei o propósito de recriar um filme desses. É que tem diálogos e cenas muito sérias outras completamente burlescas e outras de puro chiché assumido. Os actores são bons, a cinematografia impecável, a realização também.
Gostei do filme.
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