Estive a ouvir uma entrevista ao ministro dos negócios estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleb, um diplomata de grande categoria, na BBC. A contra-ofensiva não vai tão depressa como se queria, em parte porque os russos se entrincheiraram à defesa e aproveitam para bombardear incansavelmente civis -obriga a desviar os recursos da guerra para a ajuda a essas pessoas- e em outra parte porque os países aliados da Ucrânia levaram muito tempo a perder o medo de Putin e a enviar recursos (foi tudo tirado a ferros -primeiro os tanques, depois a defesa anti-aérea- tal não era o medo que todos tinham de Putin), nomeadamente os F16, necessários para travar os ataques aéreos do russos.
Os ucranianos chegaram até aqui depois de terem feito o mais difícil, que foi mostrarem que são capazes, ao contrário da propaganda de décadas da Rússia. Atravessaram o Rubicão. Porém, como estão a lutar contra um exército com um arsenal de armas, nomeadamente nucleares, que mais ninguém tem, precisam da constância continuada no tempo do apoio dos países aliados, porque daqui para a frente é uma luta de vontades e o mais tenaz e comprometido na luta é o que ganha. E nós todos precisamos que a Ucrânia ganhe.
Malyar disse que tudo estava a correr de acordo com o plano e que não havia razão para esperar que a ofensiva fosse uma operação rápida.
"A extensa exploração mineira no sul abranda o ritmo da libertação, mas todos os dias fazemos progressos", acrescentou o vice-ministro da Defesa.
"É gradual, mas as nossas tropas estão a ganhar terreno nas linhas e a avançar com confiança".
Malyar disse que as tropas russas estão em pânico e a desviar as suas forças para o sul e leste de outros sectores da frente. O inimigo está também a sofrer pesadas perdas.
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