As Abelhas de Barberini
A família Barberini era uma família aristocrática romana, originária de Barberino, no vale do Else. Mais tarde, estabeleceram-se em Florença, primeiro e depois em Roma, onde se tornaram enormemente ricos e poderosos. O seu poder e influência em Roma atingiu o auge com a eleição do Cardeal Maffeo Barberini como Papa Urbano VIII, em 1623.
A família tinha um brasão que incluía três abelhas sobre um fundo azul, ao lado de uma tiara papal e das chaves de S. João.
As abelhas, que significam a imortalidade e a ressurreição, eram emblemas reais dos Merovíngios, reavivados por Napoleão. Simbolizam o amor pela família e glorificam o altruísmo.
O longo pontificado de duas décadas do novo papa Barberini - um apaixonado mecenas das artes - foi marcado por triunfos eclesiásticos, diplomáticos e culturais.
Abelhas no Palácio Barberini
Urbano VIII não se poupou a despesas com a decoração do novo palácio urbano da família, o Palazzo Barberini, concluído em 1633 e projectado, sucessivamente, por três grandes arquitectos: Carlo Maderno, Francesco Borromini e Gian Lorenzo Bernini.
Fonte das Abelhas - pormenor
O Papa Urbano VIII encarregou Bernini de "estampar" as suas encomendas com o brasão da família, nomeadamente na base do dossel de Baldaquino na Basílica de São Pedro, alegadamente criado através da fusão do antigo tecto de bronze do pórtico do Panteão. A obra-prima de bronze na Basílica de São Pedro é da autoria de Bernini. Bernini era muito solicitado, sendo um dos principais artistas patrocinados pelos Barberini.
Um pouco por todo o lado, em Roma, podem ver-se as abelhas centenárias que adornam os grandes monumentos da cidade.
Santi Luca e Martina - igreja
Panteão
Galeria dos Mapas no Museu do Vaticano
Igreja de Santa Maria in Aracoeli
Enfim, quando for a Roma tenha atenção às abelhas que podem ser símbolo de altruísmo pelo colectivo, mas que Berberini deixou espalhadas pela cidade à laia de leão que anda de sítio em sítio a marcar o seu território:
imagens da internet
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