Suicidou-se em 1938 com 26 anos.
Talvez nem sequer seja verdade
o que no coração ouves gritar, às vezes:
que esta vida é nada
ao teu ser
e o que conhecemos como luz
é um deslumbramento,
o último deslumbre
dos teus olhos de dor.
Talvez seja apenas a vida
que conhecemos em tempos jovens:
o desejo eterno que procura,
de céu em céu,
quem sabe que horizonte.
Somos como a relva dos prados
que sente sobre si o soprar do vento
e canta plena no vento
e vive sempre ao vento
e no entanto não soube crescer
de forma a acalmar aquele voo supremo
nem erguer-se da terra
para afogar-se nele.
PRADOS
Talvez nem sequer seja verdade
o que no coração ouves gritar, às vezes:
que esta vida é nada
ao teu ser
e o que conhecemos como luz
é um deslumbramento,
o último deslumbre
dos teus olhos de dor.
Talvez seja apenas a vida
que conhecemos em tempos jovens:
o desejo eterno que procura,
de céu em céu,
quem sabe que horizonte.
Somos como a relva dos prados
que sente sobre si o soprar do vento
e canta plena no vento
e vive sempre ao vento
e no entanto não soube crescer
de forma a acalmar aquele voo supremo
nem erguer-se da terra
para afogar-se nele.
Que palerma!
ReplyDeleteE era linda e escrevia poemas de valor e vinha de boas famílias e...e...e. O desejo de morte que leva à consumação é deveras impenetrável e contra natura.
Ela não sentia as coisas assim. Os poemas dela são carregados de desespero. Viver em Itália nos anos 20 e 30 do século passado não deve ter ajudado... de resto, como é sabido, segundo Freud, o desejo de morte é uma pulsão muito natural e sempre presente.
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