Umberto Eco nasceu neste dia em 1932 e esta era a sua biblioteca. Comprou uma casa que tinha um corredor parecido às cintura rodoviárias de certas cidades: dava a volta à casa a partir da sala grande que era o seu escritório-biblioteca. Foi a maneira de ter consigo os cerca de 30 mil livros. Aqui o vemos a percorrer a cintura rodoviária da sua biblioteca e ir direito a uma estante buscar um livro. Dá ideia que sabia exactamente onde estava cada livro, o que não é fácil quando se tem umas dezenas de milhar de livros.
Segundo o escritor libanês Nassim Nicholas Taleb em, The Black Swan, Eco é o exemplo de alguém que entende perfeitamente a ideia de como uma biblioteca pessoal deve ser: uma anti-biblioteca. E isso é:“Umberto Eco pertence a um pequeno grupo de acadêmicos que são enciclopédicos, inteligentes e interessantes. É dono de uma biblioteca pessoal enorme (contendo 30 mil livros) e separa os visitantes em duas categorias: aqueles que reagem dizendo, ‘uau! Signore professore dottore Eco, che biblioteca che avete! Quanti di questi libri avete letto? [que biblioteca você tem! Quantos desses livros você já leu?] e aqueles – uma pequena minoria – que entendem que uma biblioteca particular não serve para inflar o ego, mas é uma ferramenta de pesquisa. Os livros já lidos são muito menos valiosos que os não lidos. A biblioteca deveria conter o máximo do que você não conhece conforme seus recursos financeiros, taxas de hipoteca e o atualmente inflexível mercado imobiliário permitem. Você vai acumular mais conhecimento e mais livros conforme envelhece e o crescente número de livros não lidos nas prateleiras olharão para você ameaçadoramente. Na verdade, quanto mais você sabe, maiores são as fileiras de livros não lidos. Vamos chamar essa coleção de livros não lidos de ‘anti-biblioteca’.” (via pragmatismo.jusbrasil)
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