Desde que uma Ministra de tão nefasta memória, nomeada por Sócrates, poisou na cadeira da Educação, nunca mais os professores tiveram sossego. ~Alexandre Parafita
Hoje, o ministro da educação mandou publicar no jornal mais sicofanta do governo um artigo de propaganda cheio de inverdades como por exemplo, dizer que há 17.000 professores no topo da carreira e não dizer que isso representa apenas 12% dos professores e não explicar que a maioria dos professores estão nos últimos anos de profissão e estão longe desse patamar de maneira que nunca o atingirão, sendo que esse impedimento de atingir o topo da carreira, nada tem que ver com falta de competência ou de bom serviço; ou não explicar que os 40% de professores que refere estarem nos últimos 4 escalões estão no 7º, por exemplo e, como estão a poucos anos da reforma nunca se aproximarão do topo; ou dizer que os professores recuperaram parte do tempo de carreira congelado, o que é mentira, pois esse diploma é de 2019 e aqui a minha pessoa ainda está à espera desses dois anos e nove meses, sendo que já passaram 4 anos; ou falar nas horas de apoio aos alunos (explicações) e esquecer de dizer que as conta como, não lectivas, para poder encher os professores de turmas; ou falar em formação de professores gratuita e esquecer de dizer que a gratuita é apenas a formação sobre a sua disciplina catequética de cidadania ou do pseudo-sucesso, porque para fazermos formações na nossa área disciplinar pagamos aos 100 euros por cada uma; ou falar da desmaterialização dos exames nacionais como sendo isso a carga burocrática dos professores, sendo que essa desmaterialização, que está longe de ser pedagógica em todos os casos, não é a carga burocrática dos professores; ou falar, mentindo, na nova coerência do currículo, cada vez mais caótico; ou falar nas falsas inovações pedagógicas que na prática mais não são que impedir que os alunos tenham que trabalhar para ter sucesso nas disciplinas; ou mentir descaradamente quando diz que todas as decisões envolveram os professores, quando envolveram meia dúzia de professores que são os seus amanuenses que fazem estes cadernos de propaganda pseudo-pedagógica chamados projectos Maia como a fulana dos horóscopos; enfim, uma aldrabice pegada, dita de uma maneira enviesada, para parecer que fez muito. Olha, fez tanto, tanto que estão os professores todos mobilizados -com o apoio dos pais e dos alunos- para fazerem greve e partir a louça toda. Mas claro, isso deve-se, como sabemos, a sermos todos, nós, 140 mil professores, muitos estúpidos e enganados por um sindicato populista.
- quanto é que o jornal Púbico receberá para publicar propaganda incontestada de um governante incompetente? Nem um único jornalista neste pasquim tem coragem de pegar num bloco de notas e ir fazer perguntas a sério a este vendedor de banha da cobra? Uma tristeza...
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