Altruísmo efectivo é um movimento criado pela ideia de um professor de filosofia de Oxford, William MacAskill, segundo o qual devíamos procurar no mundo áreas a precisar de urgente intervenção e aplicar nelas a nossa capacidade de fazer o bem, de um modo utilitarista. A ideia de MacAskill foi inspirada no artigo de Peter Singer segundo o qual temos o dever moral de salvar pessoas de morrer à fome, mesmo que sejam desconhecidos na outra ponta do mundo. MacAskill e os seus amigos bilionários não atribuem muita importância ao brutal desequilíbrio de riqueza entre pessoas e povos e muito menos ao síndrome de acumulação doentia de dinheiro, pelo contrário, o projecto vive muito bem de ser uma filantropia de bilionários convencidos que são grandes altruístas. E, como são muito bons a fazer dinheiro, pensam que são muito bons em tudo. Quando MacAskill publicou o seu último livro, What We Owe the Future, Elon Musk Elon escreveu no Twitter: "Isto corresponde à minha filosofia"... entretanto comprou o Twitter, despediu imediatamente todas as pessoas da equipa de ética da I.A., mais um terço dos trabalhadores e está a dizer aos trabalhadores que se não querem ser como ele que dorme no trabalho os despede. Mas acha-se um grande filantropo, um altruísta efectivo, prejudicando, sem escrúpulos, tanta gente. Altruísmo efectivo, na verdade é mais uma espécie de vanity project de meia dúzia de bilionários para passarem uma esponja por cima do facto de terem empresas que exploram os trabalhadores, de terem excesso de dinheiro sobre o qual não pagam impostos e dessa maneira prejudicarem os bens públicos e as pessoas que deles dependem e o facto de influenciarem as políticas mundiais nocivamente. Como diz Timothy Noah em, effective altruism, o altruísmo efectivo é um vazio moral.
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