25 de Novembro, uma data que devia ser lembrada com circunstância, podendo dispensar-se a pompa, dado que sem ela estaríamos numa Cuba Não Libre ao gosto de Otelos, Vascos Gonçalves e outros proto-ditadores sem interesse pelo povo, antes investidos no amor à ideologia e a si mesmos. Depois daquele enorme desaire em que o PCP teve 12% dos votos nas primeiras eleições livres e ficou a muitas léguas de distância do PS e do PSD, Vasco Gonçalves fez saber a sua opinião sobre essas minudências chamadas eleições: as conquistas da revolução não podem ser postas em causa por via eleitoral.
Ao centro, Otelo Saraiva de Carvalho, que dirigia as operações do Movimento das Forças Armadas, no quartel da Pontinha
Foto Arquivo JN
Carros de combate do Movimento das Forças Armadas
Foto Arquivo JN
Foto Arquivo DN
Foto Arquivo DN - uns iam para o trabalho, outros para o golpe. Todas as entradas de Lisboa estavam guardadas por armas pesadas e havia barricadas por todo o lado.
Uma chaimite ao fundo da Calçada da Ajuda, junto ao Palácio de Belém. [estive lá e lembro-me disto]
Foto António Aguiar/Arquivo DN
Na manhã de 25 de novembro, tropas paraquedistas ocuparam várias bases aéreas
Foto Arquivo DN
Ramalho Eanes e Jaime Neves no 25 de Novembro (imagem da Wiki)
No dia 26 de Novembro Melo Antunes declara na RTP que o PCP é indispensável à democracia.... mas é tarde... No dia 27 de Novembro Carlos Fabião e Otelo são destituídos, respectivamente, dos cargos de Chefe de Estado Maior do Exército e de Comandante do COPCON. Ramalho Eanes é nomeado Chefe de Estado Maior do Exército em substituição de Carlos Fabião e graduado em General. O COPCON é integrado no Estado Maior Geral das Forças Armadas. São presos umas dezenas de militares. No dia 20 de Fevereiro há uma grande manifestação popular em Lisboa pela libertação dos militares presos em consequência dos acontecimentos de 25 de Novembro. No dia 3 de Março de 1976, Otelo Saraiva de Carvalho é libertado.
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