November 25, 2022

Hoje comemora-se o dia do fim do PREC

 

25 de Novembro, uma data que devia ser lembrada com circunstância, podendo dispensar-se a pompa, dado que sem ela estaríamos numa Cuba Não Libre ao gosto de Otelos, Vascos Gonçalves e outros proto-ditadores sem interesse pelo povo, antes investidos no amor à ideologia e a si mesmos. Depois daquele enorme desaire em que o PCP teve 12% dos votos nas primeiras eleições livres e ficou a muitas léguas de distância do PS e do PSD, Vasco Gonçalves fez saber a sua opinião sobre essas minudências chamadas eleições: as conquistas da revolução não podem ser postas em causa por via eleitoral.


Ao centro, Otelo Saraiva de Carvalho, que dirigia as operações do Movimento das Forças Armadas, no quartel da Pontinha
Foto Arquivo JN

Carros de combate do Movimento das Forças Armadas
Foto Arquivo JN

Foto Arquivo DN

O presidente da República Costa Gomes, com o primeiro-ministro Pinheiro de Azevedo a seu lado, declara o “estado de sítio” na região de Lisboa, enquanto os comandos do coronel Jaime Neves neutralizavam as principais unidades militares de esquerda na capital e ainda o RALIS, comandado pelo major Dinis de Abreu, o Fittipaldi dos Chaimites, como era conhecido. Na Polícia Militar, sob o comando do major Mário Tomé houve troca de tiros: morreram dois comandos. Otelo impediu as suas tropas de reagir, com medo de uma guerra civil e foi assim que se acabou com o PREC.

Foto Arquivo DN - uns iam para o trabalho, outros para o golpe. Todas as entradas de Lisboa estavam guardadas por armas pesadas e havia barricadas por todo o lado.

Uma chaimite ao fundo da Calçada da Ajuda, junto ao Palácio de Belém. [estive lá e lembro-me disto]
Foto António Aguiar/Arquivo DN

Na manhã de 25 de novembro, tropas paraquedistas ocuparam várias bases aéreas
Foto Arquivo DN

Ramalho Eanes e Jaime Neves no 25 de Novembro (imagem da Wiki)

No dia 26 de Novembro Melo Antunes declara na RTP que o PCP é indispensável à democracia.... mas é tarde... No dia 27 de Novembro Carlos Fabião e Otelo são destituídos, respectivamente, dos cargos de Chefe de Estado Maior do Exército e de Comandante do COPCON. Ramalho Eanes é nomeado Chefe de Estado Maior do Exército em substituição de Carlos Fabião e graduado em General. O COPCON é integrado no Estado Maior Geral das Forças Armadas. São presos umas dezenas de militares. No dia 20 de Fevereiro há uma grande manifestação popular em Lisboa pela libertação dos militares presos em consequência dos acontecimentos de 25 de Novembro. No dia 3 de Março de 1976, Otelo Saraiva de Carvalho é libertado.

No comments:

Post a Comment